segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

25 anos de The Legend of Zelda

Introdução

Saudações aos leitores. Para o artigo deste mês que se encerra, decidi abandonar a idéia original que tinha em mente e escrever sobre outro assunto, mais recente e relevante para a ocasião, uma vez que algumas idéias preteridas no momento podem ser aproveitadas futuramente sem qualquer prejuízo. O assunto que será abordado a seguir é de suma relevância não apenas para o público gamer, mas também para o autor deste blog, uma vez que este artigo é feito em virtude da comemoração do início de uma das séries mais aclamadas e longevas da indústria, com títulos lançados para praticamente todos os consoles da Nintendo após o NES, e que continua recebendo novos games até os dias de hoje, sempre cercados de muitas expectativas. Sem mais delongas, o assunto do artigo deste mês é o aniversário de 25 anos de The Legend of Zelda, game que deu início a uma das principais séries da Nintendo, cultuada pelo público e aclamada pela crítica.

O épico

The Legend of Zelda é um jogo de aventura desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 1986 para Famicom Disk System e posteriormente para NES, o game dá início à série de mesmo nome, trazendo um universo fantástico, com uma mitologia própria e que pode ser explorado pelo jogador em seus mínimos detalhes. O game foi criado por Shigueru Miyamoto, o homem responsável por criar Mario e que criou o jogo inspirado em experiências de sua própria infância, enquanto explorava um bosque perto de sua casa, de acordo com Miyamoto, uma das experiências mais marcantes foi a descoberta da entrada de uma caverna no meio do bosque, após alguma hesitação, ele entrou apreensivo na caverna e a explorou com a ajuda de uma lanterna.
The Legend of Zelda trouxe ao NES um universo vasto, que pode ser totalmente explorado, com cavernas, desertos, montanhas, masmorras e outros ambientes, que podem ser livremente visitados pelo jogador, bastando para isso coragem e habilidade, conquistadas de forma progressiva conforme o jogador se aventura por Hyrule, uma terra que é ao mesmo tempo encantadora e hostil.

Após o jogo

The Legend of Zelda foi um divisor de águas não apenas dentro da Nintendo, como também na indústria, trazendo diversas novidades em termos de game design e de experiência de jogo, ao proporcionar uma experiência que fugia da linearidade e oferecia todo um mundo para ser explorado livremente; outra novidade foi a adição de uma bateria ao cartucho para permitir que o progresso do jogador fosse salvo, uma novidade para a época.
Dentro da Nintendo, o game deixou seu legado particular, ao dar início a uma das principais séries da empresa, cujos personagens e símbolos se tornaram parte da cultura gamer, gerando reflexos inclusive na cultura popular; além disso, a franquia recebeu jogos para todos os consoles da Nintendo com exceção do Virtual Boy, e cada um desses jogos trouxe mais contribuições para a construção de um universo riquíssimo e cultuado pelos jogadores.
O universo de Link não ficou restrito aos video games, pois a série foi além desse meio, ganhando uma série animada nos EUA e adaptação de histórias dos games para mangá no Japão, ambos oficialmente apoiados pela Nintendo.

Conclusão

Nesse artigo busquei discorrer um pouco sobre o jogo The Legend of Zelda de uma forma diferente da análise feita há alguns meses, mas também tive o objetivo de fazer uma homenagem ao game, que completou 25 anos agora em 2011, o jogo é um clássico incontestável por inúmeras razões e deu início a uma das maiores séries da Nintendo.
Esse artigo foi particularmente importante para mim, pois a série The Legend of Zelda é uma de minhas favoritas, fazendo parte da minha história com um controle em mãos; embora o primeiro game não tenha feito parte dessa história de forma tão significativa quanto merecia, reconheço sua importância e aqui o parabenizo por seus 25 anos. E que as aventuras de Link em Hyrule continuem por muitos anos!

Referências

Fatal Fury Special (Arcade)

O jogo

Fatal Fury Special é um jogo de luta desenvolvido e publicado pela SNK; lançado em 1993 para o Neo Geo MVS e AES, o game é uma versão aprimorada de Fatal Fury 2, trazendo diversas adições e aprimoramentos em vários aspectos do jogo. O game recebeu versões para diversos consoles domésticos, essas versões foram desenvolvidas e publicadas por várias empresas. A versão avaliada neste texto é a lançada para Neo Geo MVS e AES.

História

O enredo aqui apresentado é o de Fatal Fury 2. Após a morte de Geese Howard, um nobre misterioso passa a ser o patrocinador do novo torneio "King of Fighters", que agora passa a ser mundial, com lutadores de vários países e combates nos mais variados lugares do mundo.

Gráficos

São muito bons; o visual geral do game é bem trabalhado, embora as cores em alguns momentos não sejam muito vivas; os personagens são grandes, bem feitos e detalhados; os poderes dos personagens não são muito elaborados, mas são bem feitos; os cenários são ótimos, muito bem feitos, detalhados e diversificados, sofrendo variações até mesmo entre rounds; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes no jogo são boas e combinam bem com os combates, sendo empolgantes e animadas; as músicas presentes nas lutas variam de acordo com os personagens presentes, sendo que algumas músicas são características desse ou daquele lutador; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Muito boa, com bons controles; a jogabilidade de Fatal Fury Special possui um estilo bastante tradicional, com uma mecânica de jogo simples, mas funcional e eficiente; apesar da manutenção de um sistema de jogo mais clássico, este jogo sofreu algumas alterações e aprimoramentos se comparado a Fatal Fury 2.
Uma das adições feitas foi o aumento da velocidade do jogo, e isso se refletiu de maneira muito positiva nas lutas, que se tornaram mais dinâmicas e intensas graças a esse ganho de velocidade; outra mudança feita foi a adição de um sistema de combinação de ataques, através do qual o jogador pode realizar sequências de ataque com relativa facilidade, resultando em maiores danos aos adversários. Além disso, foram adicionados novos lutadores ao rol de personagens disponíveis ao jogador, alguns dos quais presentes em Fatal Fury 2, mas que não eram jogáveis, enquanto outros retornaram do primeiro Fatal Fury.
As lutas são bastante dinâmicas e divertidas, com personagens bastante variados no que diz respeito aos estilos de luta, poderes e formas de controle; um aspecto interessante do cenário é que ele possui dois planos, sendo possível transitar entre eles a qualquer momento. A dificuldade está no ponto certo e o game possui um modo para dois jogadores.

Considerações finais

Fatal Fury Special é um jogo muito bom, apresentando aprimoramentos a Fatal Fury 2, o game traz um conjunto muito bom, no qual a soma das qualidades de cada aspecto forma um jogo memorável, cujo desafio proporcionado é digno de nota; em suma, um game que vale a pena!

Referências

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Wario Land 3 (GBC)

O jogo

Wario Land 3 é um jogo de plataforma desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 2000 para Game Boy Color, o game traz Wario em mais uma aventura atrás de tesouros e fortunas nos portáteis da Nintendo, mantendo muitas das características dos jogos anteriores do anti-herói, mas ao mesmo tempo repleto de novidades em vários aspectos.

História

Wario está voando em seu avião quando este quebra durante o vôo e cai em uma floresta, apesar da queda, Wario está ileso; enquanto explora a floresta na qual caiu, Wario encontra uma caverna, e ao entrar nela, se depara com uma caixa de música mágica e é repentinamente sugado para dentro dela. Dentro da caixa, Wario encontra uma misteriosa figura, que diz ter governado o mundo dentro da caixa no passado, até o dia em que um ser maléfico roubou seus poderes e os trancou em cinco caixas de música, a Figura faz uma proposta para Wario: se ele recuperar as caixas de música e liberar os poderes nelas contidos, a Figura levará Wario de volta para seu mundo e permitirá que ele fique com todos os tesouros que encontrar pelo caminho. Movido pela possibilidade de obter mais riquezas, Wario aceita a proposta e parte para a aventura no mundo dentro da caixa de música.

Gráficos

São excelentes; o visual do game  é bastante colorido e animado; Wario possui um bom tamanho, é bem feito e detalhado; os inimigos são muito bem feitos e variados, sendo alguns deles maiores e mais detalhados; os cenários são excelentes, muito bem feitos, diversificados e detalhados, representando diversos ambientes e com variações do mesmo cenário dependendo do horário no jogo; a animação flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são ótimas e combinam bem com o estilo do game, sendo bastante animadas; durante as fases a música presente pode mudar de acordo com o que acontece com Wario; a trilha sonora de Wario Land 3 é bastante diversificada, apresentando músicas variadas e em boa quantidade; os efeitos sonoros são ótimos, cumprindo muito bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Wario Land 3 apresenta muitas das características vistas em seu antecessor, ao mesmo tempo em que traz muitas novidades em praticamente todos os aspectos do jogo, criando assim uma experiência ainda mais variada e divertida do que a vista no game anterior.
Wario pode inicialmente dar um golpe com o ombro em inimigos ou em partes do cenário, assim como pular; muitas das habilidades que o protagonista do jogo possuía no game anterior não estão mais disponíveis inicialmente, agora o jogador deve conquistar tais habilidades durante a aventura. Não importa o que aconteça com Wario durante o jogo, ele nunca morre ou perde energia, mas dependendo da forma como ele é atingido, o jogador pode perder o controle do personagem por alguns instantes, nos quais o protagonista pode se mover de forma totalmente alheia à vontade do jogador, em muitas das situações essa perda de controle pode significar o retorno para algum ponto anterior do cenário ou mesmo um impedimento ao avanço; embora os inimigos possam representar um obstáculo ao jogador, às vezes eles se tornam necessários, pois em alguns momentos, o estado em que eles deixam Wario é necessário para se alcançar algum ponto do cenário ou recolher itens.
As fases são bastante amplas e variadas em todos os sentidos, apresentando características e desafios incrivelmente diversificados e que exigem do jogador não apenas habilidades nos controles, mas também capacidade de observação e paciência para vencer certos desafios; o tamanho das fases é algo interessante, pois permite que haja diversos finais dentro da mesma, sendo muitos deles acessíveis somente depois que Wario conquista alguma habilidade ou em determinado horário do dia; o objetivo inicial das fases é recolher um tesouro escondido em algum ponto do cenário, devendo o jogador encontrar o baú no qual está o tesouro e a chave para abri-lo, existem quatro tesouros em cada fase, mas o jogador precisa encontrar ao menos um para avançar para os próximos estágios. Em vários momentos do game há mini-jogos que servem para liberar caminhos para mais tesouros. A dificuldade está no ponto certo e o progresso do jogador pode ser salvo a qualquer momento.

Considerações finais

Wario Land 3 é um grande jogo, apresentando ótimos gráficos e trilha sonora, mas o destaque fica por conta da jogabilidade, que é incrivelmente criativa, profunda, às vezes caótica, mas acima de tudo, absurdamente divertida; a soma de todas as qualidades faz de Wario Land 3 um dos melhores jogos do Game Boy Color!

Referências

sábado, 26 de fevereiro de 2011

[Lado B] Fim da novela?

Apesar de a presente coluna tratar sobre um jogo recente, com lançamento previsto para Maio de 2011, a história envolvendo o desenvolvimento do game desde o início, assim como as previsões iniciais de seu lançamento remontam à década de 1990, o que insere o assunto trazido ao debate dentro da proposta original do blog.
Duke Nukem Forever, aguardada sequência do aclamado Duke Nukem 3D, foi anunciada pela 3D Realms que estava em desenvolvimento em Abril de 1997, gerando expectativas quanto ao como o jogo seria. A data inicial para o lançamento do game era meados de 1998. De 1997 até hoje, 2011, o game teve diversas datas de lançamento anunciadas e alteradas em razão de mudanças no jogo, esses adiamentos constantes e que duraram mais de uma década fizeram do game um vapoware, e uma fonte de piadas nesse período; mas em 2010 foi anunciado que o jogo seria lançado apesar de todos os problemas, contratempos e acidentes de percurso ao longo de todo esse tempo, embora o lançamento do game tenha sido anunciado inúmeras vezes, desta vez o anúncio parece ser mais sólido.
A longo de todos esses anos mudanças foram feitas, desde substituições da engine do jogo, adições e alterações nos modos de jogo, passando por mudanças das empresas responsáveis pela produção do jogo e até mesmo o fechamento da 3D Realms, o que na época em que aconteceu representou para muitos o atestado de óbito de Duke Nukem Forever. Apesar de todos esses percalços, algumas prévias foram feitas ao longo de todos esses anos, mostrando ao público e à crítica aquilo que estava por vir até o presente momento, essas prévias fomentaram a curiosidade das pessoas por alguns momentos, principalmente enquanto o jogo se mostrava como uma realidade vindoura e não como uma piada da indústria.
Diante disso, fica a pergunta: em qual momento nesses 14 anos entre o primeiro anúncio e a última data prevista para o lançamento do game ele se tornou algo (quase) irreal? Não há um momento exato, pois a transformação de um jogo cuja previsão inicial de lançamento era no final da década de 1990 para um vapoware aconteceu quando as sucessivas mudanças na engine do jogo, feitas na tentativa de se utilizar sempre o que havia de melhor, talvez ignorando o fato de que inovações surgem constantemente, somadas a isso, houve também as constantes alterações e adições de novidades ao projeto original, algo que empurrava ainda mais para frente o lançamento do jogo; os fatores até aqui expostos têm parcela considerável de responsabilidade quanto aos eternos adiamentos do lançamento de Duke Nukem Forever, mas eles não são os únicos culpados, pois os anúncios frequentes de datas de lançamento e adiamentos feitos em vez de se lançar o jogo pronto de uma vez contribuíram sobremaneira para tornar o game uma eterna promessa cada vez mais distante da realidade.
Em 2010 foi feito (mais) um anúncio quanto ao lançamento de Duke Nukem Forever, mas dessa vez a promessa parecia mais sólida que as anteriores, com a apresentação de uma edição especial do jogo, que virá acompanhada de vários mimos para os compradores; o que torna esse anúncio mais sólido é o fato de que a Gearbox Software e a 2K Games assumiram o projeto e declararam que o jogo se encontra em fase final de produção, anunciando o lançamento para Maio de 2011.
Para finalizar, a eterna promessa chamada Duke Nukem Forever parece que finalmente será cumprida, agora resta saber se após todos esses anos de espera o jogo finalmente será lançado, ou melhor: se ele valerá à pena. Essas perguntas, até o momento, serão respondidas pelo tempo.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rollerball (MSX)

O jogo

Rollerball é um jogo de pinball desenvolvido e publicado pela HAL Laboratory; lançado em 1984 para MSX, o game recebeu uma versão para NES em 1988. O game em si é um jogo de pinball que segue o estilo tradicional das máquinas clássicas, trazendo para o MSX uma experiência mais próxima possível do jogo original.

Gráficos

São ótimos; o visual do game é simples, mas muito bem feito e colorido; a mesa possui um design simples e não muito detalhado, mas ainda assim muito bem feito, com quatro níveis diferentes entre si no que diz respeito à disposição e variedade dos objetos; a animação do jogo é digna de nota, pois a movimentação da bola flui impecavelmente, sendo bastante rápida, a transição entre as telas também é espetacular, pois ocorre de forma rápida e suave, sem cortes abruptos na imagem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; durante boa parte do jogo não há uma trilha sonora, mas em algumas áreas da mesa há música, como na parte inferior, na qual há uma música particularmente tensa e que combina muito bem com o momento; o destaque desse aspecto fica por conta dos efeitos sonoros, presentes a todo momento, os efeitos são bastante variados e contribuem significativamente para melhorar a experiência de jogo, embalando as partidas e "narrando" a ação.

Jogabilidade

Ótima, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Rollerball busca ao máximo reproduzir a experiência de se jogar em uma mesa de pinball, apresentando muitos de seus elementos característicos, como os flippers, bumpers, bola, lançador, placar, dentre outros; esses elementos, somados a outros fatores contribuem de forma decisiva para a criação de um ótima experiência de jogo.
A mesa de jogo, como dito anteriormente, possui quatro níveis diferentes entre si, esses níveis passam a ser acessados a partir do lançamento da bola, iniciando-se pelo nível mais alto; conforme o desempenho do jogador no controle dos flippers, é possível permanecer no mesmo nível por bastante tempo, assim como subir para uma área superior, caso caia para algum nível inferior, a partida continua e não há qualquer no placar quanto a isso; nenhum dos níveis da mesa é meramente de transição entre uma área e outra, havendo flippers e outros elementos em todos eles; no último nível da mesa há o ponto por onde é possível perder a bola.
As partidas são bastante dinâmicas, graças às respostas rápidas dos controles e a velocidade do jogo, que garante a movimentação da bola e a transição entre as áreas da mesa de forma rápida e com bastante fluidez. Há modos de jogo para dois jogadores e a dificuldade pode ser selecionada.

Considerações finais

Rollerball é um ótimo simulador de pinball, apresentando muitos dos elementos característicos do jogo original, em conjunto com bons gráficos e jogabilidade rápida, que contribuem sobremaneira para a construção de uma ótima experiência de jogo; o game se revela uma ótima opção tanto para fãs de pinball quanto para aqueles que querem uma diversão descompromissada!

Referências

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Rolling Thunder (NES)

A série

Rolling Thunder é uma série de jogos de ação desenvolvida e publicada pela Namco; a franquia teve início com o jogo de mesmo título, lançado em 1986 para Arcade, desde então, a série recebeu novos jogos para Arcade e conversões desses games para consoles e computadores domésticos nos anos seguintes. Os jogos caracterizam-se pela ação distinta e jogabilidade característica, que traz consigo uma dificuldade particularmente elevada.

Trocando tiros

Rolling Thunder é um jogo de ação desenvolvido pela Namco e publicado também pela Namco ou por outras empresas, dependendo da versão; lançado em 1986 para Arcade, o game recebeu versões para os computadores Amiga, Amstrad CPC, Atari ST, Commodore 64, ZX Spectrum e NES nos anos seguintes. O game em si é um jogo de ação com características bastante distintas, que o faz se destacar entre outros jogos do mesmo gênero. A versão avaliada neste texto é a lançada para NES em 1989, publicada nos EUA pela Tengen e que não teve licenciamento oficial da Nintendo.

História

O jogador assume o controle do agente com o codinome "Albatross", membro da Rolling Thunder, a melhor polícia secreta do mundo. Albatross tem a missão de deter a organização secreta Geldra e seus planos de dominação global, assim como resgatar a agente Leila Blitz, capturada pelo grupo criminoso.

Gráficos

São ótimos para os padrões do NES; o visual do game conseguiu reproduzir muito bem para os padrões do NES a estética do jogo de Arcade; o personagem é grande e bem definido, mas não muito detalhado; os inimigos são bem feitos, mas não muito diversificados, embora as cores de seus uniformes possam variar; os cenários são ótimos, bem feitos, diversificados e com algum detalhamento; a animação do jogo flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são boas e combinam bem com a ação, podendo ser mais tensas em alguns momentos; apesar de não ser muito diversificada, a trilha sonora de Rolling Thunder possui músicas memoráveis, que conseguem compensar essa falta de variedade; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, os controles são um pouco duros e requerem algum tempo até que o jogador se acostume com os mesmos; a jogabilidade de Rolling Thunder é bastante característica, apresentando momentos de ação intensa, mas que não se resumem apenas a inimigos e mais inimigos em um cenário simples, mas trazendo confrontos memoráveis em cenários bastante elaborados e sob condições frequentemente adversas ao jogador, nos quais um único tiro faz toda a diferença.
O personagem controlado pelo jogador pode andar, pular e manusear armas de fogo, habilidades comuns para um personagem de jogo de ação, mas a forma como esses movimentos são feitos é digna de nota, pois Albatross pode dar um pequeno pulo, útil para superar obstáculos pequenos como caixas, como também pode dar um pulo maior, necessário para ter acesso a plataformas mais elevadas do cenário, o que diferencia um pulo do outro é o comando utilizado pelo jogador, para o salto menor é necessário apenas pressionar o botão de pulo, enquanto para o pulo mais alto é preciso apertar cima e botão de pulo ao mesmo tempo; ao longo das fases, há portas nas quais o jogador pode entrar para se esconder de inimigos ou recolher itens, para entrar nessas portas, é preciso apenas permanecer diante delas e pressionar cima; quanto às armas presentes no jogo, Albatross carrega consigo uma pistola com munição limitada, mas durante as fases é possível encontrar mais munição ou até mesmo uma submetralhadora, arma poderosa, mas também com munição limitada. O personagem possui uma pequena barra de energia, mas ela se revela pouco necessária, pois em muitos casos o personagem morre ao ser atingido apenas uma única vez, o que força o jogador a ser cauteloso durante toda a missão.
As fases são bem feitas no que diz respeito à disposição dos obstáculos e elementos do cenário, com vários pontos onde é possível tanto o jogador quanto os inimigo se esconderem, como atrás de portas ou caixas; os inimigos possuem comportamentos e resistência variados, podendo alguns deles aguentar mais de um tiro, atirar contra o jogador e se esconder ou até mesmo lançar bombas; o tempo, assim como a munição, é um  recurso limitado, e a forma como o jogador lida com essas limitações é fundamental para determinar o sucesso da missão. A dificuldade é bastante elevada e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

A versão de Rolling Thunder para NES é uma excelente conversão do game original de Arcade, pois apesar das limitações do console doméstico, o game manteve a essência da versão original, com combates intensos, além disso, o jogo conta com ótimos gráficos para os padrões do console, assim como uma boa trilha sonora; o conjunto de qualidades apresentado faz deste game um título memorável!

Referências

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Out of This World (SNES)

Uma aventura de outro mundo

Out of This World é um jogo de ação desenvolvido pela Delphine Software e publicado pela Interplay; lançado em 1991 originalmente para os computadores Commodore Amiga, Atari ST, Apple GSII e MS-DOS, o game impressionava com sua estética e jogabilidade únicas, que foram reconhecidas pelo público e pela crítica. O jogo recebeu versões para os consoles domésticos nos anos seguintes. Em 2006, Eric Chahi, o criador do jogo, lançou de maneira independente uma edição especial do jogo para PC em comemoração aos 15 anos do lançamento original do game. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo em 1992.

História

O protagonista do jogo é Lester Chaykin, um jovem físico. Lester chega ao laboratório durante uma tempestade de raios para continuar seu experimento com um acelerador de partículas; enquanto o experimento estava em andamento, um raio atinge o laboratório e afeta o funcionamento do acelerador, que teletransporta Lester para um planeta desconhecido. Neste planeta, Lester é capturado por estranhos alienígenas humanóides, que o leva para uma prisão subterrânea, lá, o protagonista faz amizade com um prisioneiro e ambos decidem fugir do cárcere.

Gráficos

São excelentes; o game possui uma estética única, diferente de outros jogos do SNES, apresentando um visual com qualidade mais próxima da vista em jogos de computador; todos os elementos presentes, desde o personagem, inimigos e cenários são feitos com vetores, o que resultou em um visual único, limpo e com poucos detalhes; em diversos momentos durante todo o jogo há animações que antecedem eventos e ajudam a narrar a história, essas animações são incríveis, contando com um estilo cinematográfico em razão do posicionamento da câmera; a animação do jogo flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Excelente; durante muitos momentos no jogo não há música, sendo os efeitos sonoros os únicos sons presentes no ambiente; nos momentos em que há músicas, elas costumam ser bastante tensas e dramáticas, combinando muito bem com as ocasiões; os efeitos sonoros são ótimos, cumprindo muito bem seus papéis e se revelando mais que suficientes para o jogo.

Jogabilidade

Perfeita, os controles podem ser um pouco estranhos no começo, mas uma vez que o jogador se acostuma com os mesmos as coisas ficam mais fáceis; a jogabilidade de Out of This World é bastante incomum, apresentando um universo em 2D no qual o personagem é controlado e se movimenta de formas diferentes das vistas em outros games, com ritmo próprio, mais lento, mas não por isso menos interessante.
Lester, o personagem controlado pelo jogador pode andar, correr, dar um pulo simples enquanto anda, dar um salto maior enquanto corre, chutar e manusear uma arma, essa quantidade de movimentos, apesar de parecer pequena, é mais que suficiente par lidar com os obstáculos e desafios presentes ao longo de todo o jogo. O game não possui qualquer tipo de mostrados indicando a energia do personagem ou disponibilizando outras informações, mas eles acabam sendo desnecessários, pois a munição da arma é ilimitada e o personagem morre com facilidade.
O game possui desafios bastante variados, que exigem do jogador inteligência, velocidade de raciocínio e habilidade com os controles, mas como o personagem morre facilmente com a esmagadora maioria das armadilhas e inimigos, muitos desafios são superados através de tentativa e erro, pois não é incomum o jogador ter de passar pelo mesmo desafio repetidas vezes; o perigo é uma constante durante a aventura, e dentro desse contexto, o ritmo mais lento do jogo se revela não apenas útil, mas também necessário, pois atitudes cautelosas em relação ao que está por vir são privilegiadas por essa mecânica de jogo menos acelerada. A dificuldade é alta e o progresso do jogador pode ser salvo constantemente através de passwords, algo útil em virtude da natureza dos desafios presentes.

Considerações finais

Out of This World é um jogo como poucos, trazendo um visual que resistiu muito bem ao tempo, permanecendo bonito e diferenciado até hoje, trilha sonora que complementa perfeitamente os gráficos e auxilia na criação de uma experiência ainda mais marcante, além de uma jogabilidade refinada, que exige habilidade e paciência do jogador; a soma de todas as qualidades faz de Out of This World um clássico!

Considerações finais

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Alien Storm (MD)

Destroçando alienígenas invasores

Alien Storm é um beat'em up desenvolvido e publicado pela Sega; lançado em 1990 para Arcade, o game recebeu versões para consoles e computadores domésticos nos anos seguintes; o jogo em si é um beat'em up com algumas características em comum com outros jogos do gênero, ao mesmo tempo em que possui algumas peculiaridades. O game foi relançado em 2007 como parte da coletânea Sega Mega Drive Ultimate Collection, para XBox 360 e PlayStation 3. A versão avaliada neste texto é a lançada para Mega Drive em 1991.

História

Alienígenas hostis estão invadindo a Terra e a única coisa que os separa de seus planos de dominação do planeta azul é um grupo chamado "Alien busters", que tem como objetivos destroçar a força invasora e mandá-la de volta para o lugar de onde veio.

Gráficos

São bons; o visual geral do game é simples, mas bem feito e colorido; os personagens são simples, mas bem feitos; os inimigos são bem feitos e variados até certo ponto; os cenários são bem feitos, variados e detalhados; em alguns momentos o game passa para a primeira pessoa, nesses trechos do jogo, os inimigos são mais detalhados e aparecem com diferentes tamanhos, dentro de um cenário com profundidade, combinação essa que gerou um efeito interessante; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Bom; as músicas presentes no jogo são boas e combinam bem com o estilo do game, ajudando a trazer a tensão de uma invasão; a trilha sonora de Alien Storm pode não ser uma das melhores do Mega Drive, mas está de acordo com o jogo; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Muito boa, com bons controles; a jogabilidade de Alien Storm possui várias características em comum com outros beat'em ups de sua época, apresentando um estilo direto e objetivo, entretanto, este game apresenta algumas características próprias, que contribuem significativamente para tornar a experiência de jogo mais variada, impedindo que o game se torne genérico.
Os três personagens disponíveis para o jogador, embora tenham armas próprias, são controlados da mesma forma, contando com um ataque básico, que pode ser utilizado dentro de uma sequência contra os inimigos; além desse ataque básico, o personagem pode rolar para um ponto mais distante da tela com o apertar de um botão, esse movimento se revela bastante útil, principalmente quando se enfrenta muitos inimigos ao mesmo tempo; há também um ataque especial, que é capaz de eliminar todos os inimigos na tela, porém, esse ataque pode ser utilizado apenas algumas vezes.
As fases são bastante simples e diretas na maior parte do tempo, devendo o jogador destruir todos os alienígenas que aparecem, assim como resgatar alguns humanos em poder dos invasores; os inimigos não exigem estratégias muito elaborados para serem eliminados, devendo o jogador atacá-los o suficiente até que morram, enquanto toma cuidado para não ser atingido ou encurralado pelos vários inimigos que surgem em alguns momentos. Em algumas fases, a câmera assume a perspectiva de primeira pessoa, com o jogador vendo o mundo pelos olhos do personagem, em trechos nos quais o objetivo é eliminar todos os alienígenas de determinado ambiente, com o controle da arma nas mãos do jogador, e a movimentação do personagem controlada automaticamente. O jogo possui diversos modos para dois jogadores e a dificuldade pode ser selecionada.

Considerações finais

Apesar de não ser tão bom quanto outros beat'em ups da Sega como Streets of Rage ou Golden Axe, Alien Storm é um bom jogo, apresentando uma experiência simples e direta, mas ainda assim muito divertida; em suma: um game simples e com jogabilidade descompromissada, mas muito divertido!

Referências

domingo, 20 de fevereiro de 2011

007: The World is Not Enough (N64)

O mundo não é o bastante

007: The World is Not Enough é um jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela Eurocom Entertainment Software e Black Ops Entertainment e publicado pela Electronic Arts; lançado em 2000 para PlayStation e Nintendo 64 e em 2001 para Game Boy Color, o game é inspirado no filme 007 - O Mundo Não é o Bastante, de 1999. Apesar de todas as versões terem sido publicadas pela Electronic Arts, a versão para PlayStation foi desenvolvida pela Black Ops Entertainment, enquanto a lançada para Nintendo 64 foi desenvolvida pela Eurocom. A versão avaliada neste texto é a lançada para Nintendo 64.

História

O enredo deste jogo segue o de filme em muitos pontos, enquanto em outros o game toma um rumo próprio, apresentando novas áreas e histórias que não são vistas no filme. O game segue as investigações de James Bond sobre ataques a oleodutos de um magnata do petróleo, Sir Robert King, amigo de M., enquanto busca pela verdade sobre o assassinato de um agente do MI-6.

Gráficos

São muito bons; o visual geral do game é bom, com objetos bem modelados; os personagens são bem feitos e detalhados para os padrões do Nintendo 64; as armas e os inimigos são bem feitos e variados; os cenários são ótimos, muito bem feitos e detalhados, com ótimas texturas e efeitos de luz, como o reflexo no chão polido; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes no jogo são boas, combinando bem com o estilo do game e variando de acordo com o momento, podendo ser mais empolgante em algumas fases e tensa em outras; as falas dos personagens são boas; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis, com destaque para os tiros.

Jogabilidade

Muito boa, com bons controles; a jogabilidade de 007: The World is Not Enough é típica de jogos de tiro em primeira pessoa, mas aqui o jogador não utilizará somente armas de fogo para avançar pelo game, mas também muitos dispositivos inusitados e equipamentos tecnológicos característicos das aventuras de James Bond.
Em alguns momentos, James Bond deverá utilizar certos equipamentos para cumprir determinados objetivos dentro de uma fase ou transpor algum obstáculo, esses equipamentos são bastante variados, podendo ser desde aparelhos para decifrar segredos de cofres e senhas de entrada, passando por armas falsas que na verdade são granadas de flash, mas o principal equipamento é o relógio, que pode lançar um cabo para transpor obstáculos, ser um cortador laser e atordoar inimigos com choques elétricos e dardos tranquilizantes. As armas são bastante variadas, embora o protagonista comece apenas com uma pistola simples, é possível obter durante as fases armas mais poderosas, como escopetas, submetralhadoras ou fuzis,  todas essas armas têm suas utilidades e cabe ao jogador explorar o melhor de cada uma delas.
As fases são bastante variadas em termos de objetivos, pois em cada estágio o jogador deve cumprir uma série de pequenos objetivos, que são informados de forma detalhada antes do jogador entrar em ação; o desafio também se mostra bastante variado, pois os cenários costumam ser elaborados e até mesmo um pouco labirínticos, com inimigos por todos os lados, que não medirão esforços para eliminar o jogador; o fracasso em qualquer um dos objetivos põe tudo a perder no estágio, devendo o jogador tomar cuidado com cada um deles. A dificuldade pode ser selecionada antes de cada missão e o progresso do jogador pode ser salvo.

Considerações finais [1]

Embora não tenha a mesma qualidade do clássico Goldeneye 007, 007: The World is Not Enough é um jogo muito bom, apresentando bons gráficos, boa trilha sonora e jogabilidade desafiadora; em poucas palavras: um bom jogo e que vale a pena, principalmente para os fãs de 007!

Considerações finais [2]

Por razões cuja solução estava além de meu alcance, fiquei sem internet durante toda a semana; peço desculpas pela falta de conteúdo novo durante esse período e farei o possível para publicar tudo àquilo que planejei para este mês até o dia 28.

Referências

sábado, 12 de fevereiro de 2011

[Lado B] Pirataria

A pirataria, não aquela praticada nos mares ao longo da história, tampouco aquela romantizada na literatura, cinema ou outras mídias, mas sim aquela nossa de cada dia, do CD ou DVD comprado do camelô ou mesmo o jogo baixado em programas de P2P, Torrent e afins, a pirataria é algo quase onipresente, uma realidade que não pode ser mascarada ou negada; independente de se apresentar de formas mais sutis ou explícitas, ela está lá, não apenas com relação a jogos eletrônicos, mas também com músicas, filmes, livros, dentre outros produtos comercializados.
No caso dos games, a pirataria adquire algumas características e motivações próprias, que vão além daquelas mais comuns; uma característica em comum com a pirataria de outros bens é a variedade de formas de aquisição, não se limitando ao comércio, seja com um camelô ou com aquele colega que "grava uns jogos" para ganhar um extra, ou mesmo com a obtenção do jogo pelo usuário final diretamente da fonte, baixando o game através de programas de P2P, Torrent ou outros meios do mesmo gênero; a pirataria de jogos eletrônicos adquire contornos não muito diferentes da pirataria em geral. No que diz respeito às motivações, elas são bastante variadas, desde o clássico argumento econômico, passando pela questão da dificuldade de acesso ao jogo original em razão de sua raridade, dentre outros; todos esses argumentos são relevantes e serão abordados em momento oportuno.
Um argumento em favor da pirataria de jogos eletrônicos é referente a fatores econômicos, aqui no Brasil, jogos eletrônicos originais não são bens de consumo exatamente baratos, tendo preços proibitivos para a maioria dos consumidores e empurrando muitos para o produto pirata; uma das razões dos altos preços cobrados de jogos eletrônicos no Brasil diz respeito à carga tributária, que bastante elevada em vários produtos, mas que se mostra particularmente extorsiva sobre jogos eletrônicos, principalmente quando estes são importados, acarretando em muitos casos em uma taxação não raro próxima ou superior a 100% do valor original do produto convertido para reais; nesse cenário, a pirataria surge como uma alternativa economicamente viável para a aquisição do game. Outro argumento favorável é a facilitação da obtenção de jogos raros, principalmente aqueles mais antigos, essa motivação também encontra fundamento na questão dos emuladores e roms, mas quanto a isso não vou me estender.
Um argumento contra a pirataria também se fundamenta na questão econômica, pois o jogo original jamais poderá competir com o pirata na questão do preço, por mais barato que o game original venha a custar, pois o equivalente pirata, além de não sofrer qualquer taxação, tem custos de produção infinitamente menores, tornando essa disputa no mínimo desleal; dentro dessa situação, a questão cultural também se faz presente, pois independentemente do preço cobrado pelo jogo original, sempre haverá aqueles que comprarão o jogo pirata, e muitos deles o farão não pelo fato do original ser caro demais, mas sim pelo baixo preço do pirata, movidos pela chamada "Lei de Gerson", e dentro desse contexto, a pirataria torna-se algo não apenas socialmente aceito, mas incentivada.
Para finalizar, meu objetivo com a presente coluna não foi tentar legitimar ou tecer mais uma crítica à pirataria, mas apenas reafirmar uma verdade: a pirataria é uma realidade e uma prática socialmente aceita, que ao mesmo tempo em que garante um acesso mais democrático a determinados bens, prejudica aqueles que trabalham com o desenvolvimento e comercialização do produto original. Também não foi meu objetivo permanecer em cima do muro, eu apenas trouxe argumentos favoráveis e contrários, para deixar a cargo de quem lê qualquer julgamento sobre o tema.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Bomberman II (NES)

Explodindo pela justiça

Bomberman II é um jogo de ação baseado em labirintos desenvolvido e publicado pela Hudson Soft; lançado em 1991 no Japão para Famicom e em 1992 nos EUA para NES, o game é a sequência do primeiro Bomberman, mantendo algumas de suas principais características e apresentando diversas novidades e melhorias em vários aspectos se comparado ao game anterior.

História

O protagonista do jogo, White Bomberman, estava andando na rua quando testemunhou um assalto a banco praticado por Black Bomberman, o assaltante acaba nocauteando White Bomberman durante a fuga e deixa o produto do roubo com ele; o protagonista é preso injustamente por um crime que não cometeu enquanto o verdadeiro criminoso escapa. Agora, White Bomberman deve fugir da cadeia e trazer Black Bomberman à Justiça da única forma possível, explodindo tudo aquilo que estiver em seu caminho.

Gráficos

São ótimos; houve um salto de qualidade se comparado ao game anterior, com este jogo apresentando um visual mais refinado; o personagem é simples, mas muito bem feito; os inimigos são bem feitos e variados; os cenários são excelentes, muito bem feitos, detalhados e variados, com diversos temas como: prisão, floresta, montanha, dentre outros; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes neste jogo são muito boas e combinam bem com o game, sendo bastante animadas; a trilha sonora de Bomberman II segue o estilo da de seu antecessor, com músicas simples, porém bem feitas e animadas; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis, com destaque para as explosões.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Bomberman II mantém muitas das características presentes no game anterior, mas com algumas novidades e aprimoramentos em vários aspectos, que tornam a experiência de jogo ainda mais interessante e divertida.
A principal característica, que é o uso de bombas pelo jogador para abrir caminho, eliminar inimigos e lidar com outros obstáculos foi mantida, havendo a possibilidade de aprimorar diversos aspectos dos explosivos e do personagem através de power-ups, é possível tornar White Bomberman mais rápido e permitir que ele deixe mais bombas pelo cenário ao mesmo tempo, assim como é possível aumentar o alcance das explosões ou controlar o tempo de detonação da bomba; esses itens influenciam diretamente e de forma decisiva nas fases, principalmente conforme se avança pelo jogo, pois os inimigos se tornam mais desafiadores e difíceis de serem destruídos. Em cada fase há pelo menos um power-up, e os efeitos de alguns deles são cumulativos, podendo o jogador recolher vários ao mesmo tempo. Assim como destroem inimigos e abrem caminho, as bombas também podem destruir o personagem ou gerar efeitos adversos caso atinjam determinados itens do cenário, como os power-ups e as saídas, que caso sejam atingidos pela explosão, liberam mais inimigos no cenário, devendo o jogador cuidar para que as explosões não atinjam esses itens.
As fases são bastante variadas no que diz respeito aos desafios apresentados, exigindo do jogador inteligência para destruir os inimigos, principalmente aqueles mais desafiadores; o jogador deverá passar por séries de oito estágios para que haja mudança de cenário; de modo geral existem apenas dois modelos básicos de cenário, sobre os quais mudanças estéticas e de disposição de elementos são feitas: um cenário menor, com área delimitada pela tela e outro maior, cuja extensão está além do alcance da câmera. O jogo possui modos de competição para vários jogadores, nos quais vence aquele que explodir o adversário primeiro. A dificuldade está no ponto certo e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

Bomberman II apresenta melhorias significativas em vários aspectos se comparado a seu antecessor, apresentando gráficos e trilha sonora aprimorados, assim como novidades na jogabilidade; a excelente fórmula do Bomberman original aqui foi levada ao estado de arte, em um game que pode ser merecidamente chamado de clássico!

Referências

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pocky & Rocky (SNES)

A série

Kiki Kaikai é uma série de shooters desenvolvida e publicada pela Taito; a franquia teve início com o jogo de mesmo nome lançado em 1986 para várias plataformas; desde então a série recebeu mais alguns jogos para outras plataformas nos anos seguintes, sendo que os games lançados no ocidente receberam o título Pocky & Rocky. Alguns dos jogos foram desenvolvidos e publicados pela Natsume, sob licença da Taito.

Varrendo espíritos do mal

Pocky & Rocky (Kiki Kaikai Nazo no Kuro Manto no Japão) é um shooter desenvolvido e publicado pela Natsume; lançado em 1992 no Japão para Super Famicom e em 1993 nos EUA para Super Nintendo, o game é o primeiro jogo da série lançado no ocidente, tendo algumas diferenças se comparado a versão lançada no Japão. O jogo em si é um shooter com a câmera posicionada no alto, semelhante a jogos de RPG.

História

O jogo se passa no Japão feudal. Pocky (Sayo no Japão) é uma sacerdotisa de um templo, uma noite, um tanuki chamado Rocky (Manuke no Japão), membro de um grupo de youkais conhecido como "Nopino Goblins", chega ao templo após se tornar o único de seu grupo que não passou a agir estranhamente. Juntos, Pocky e Rocky devem descobrir o que está por trás desse e de outros estranhos acontecimentos recentes.

Gráficos

São ótimos; o visual geral do game é simples, mas muito bem feito, colorido e animado; os personagens são simples, mas muito bem feitos; os inimigos são bem feitos e variados, sendo os maiores e os mestres mais detalhados; os cenários são muito bem feitos, diversificados e detalhados, retratando diversos ambientes; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são muito boas e combinam bem com a atmosfera do game, sendo bastante animadas; a trilha sonora de Pocky & Rocky utiliza música japonesa tradicional, mas com uma batida eletrônica; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com controles muito bons; a jogabilidade de Pocky & Rocky lembra um pouco shoot'em ups verticais, mas com a principal diferença de que aqui a progressão não é automática, mas sim plenamente controlada pelo jogador, havendo a possibilidade de voltar à pontos anteriores do cenário ou parar por algum momento.
Embora as aparências sejam diferentes, Pocky e Rocky têm os mesmos movimentos, sendo a escolha por este ou aquele personagem algo que pode ser decidido somente pelo gosto do jogador; os personagens possuem ataques de curta distância, Pocky utiliza um bastão e Rocky sua cauda, assim como ataques com alcance maior, com Pocky lançando cartas mágicas e Rocky folhas, um pulo para uma parte mais distante e um ataque especial, que atinge todos os inimigos na tela; os ataques com maior alcance podem ser aprimorados através de power-ups, que aumenta a quantidade de objetos lançados ou os transforma em bolas de fogo; os ataques especiais têm seu uso limitado, mas o jogador pode encontrar itens que aumentem o número de vezes que o ataque pode ser usado. O personagem controlado pelo jogador possui um contador de energia, que pode ser recuperado com os itens adequados e que pode ser ampliado com o progresso pelas fases; caso os personagens morram, eles retornam imediatamente, sem que haja transição para alguma outra tela.
As fases são bastante variadas em termos de desafio, apresentando inimigos, obstáculos e armadilhas diversificadas, mantendo o jogador em constante alerta; ao longo das fases, o jogador encontra várias caixas que podem ser abertas, em algumas delas há itens, enquanto em outras, inimigos e armadilhas se escondem; o jogador será obrigado a enfrentar inimigos maiores e mais desafiadores que os habituais; os mestres são um capítulo à parte, sendo incrivelmente desafiadores e criativos, exigindo do jogador muita habilidade nos controles. A dificuldade pode ser selecionada, mas mesmo no nível fácil o jogo se mostra consideravelmente desafiador; o game pode ser jogado por duas pessoas em modo cooperativo.

Considerações finais

Pocky & Rocky é um jogo com um estilo não tão comum, mas por isso se torna interessante, apresentando uma jogabilidade criativa e desafiadora, em conjunto com bons gráficos e trilha sonora; um título memorável e mais que recomendado!

Referências

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Aaahh!!! Real Monsters (MD)

O jogo

Aaahh!!! Real Monsters é um jogo de plataforma desenvolvido pela Realtime associates inc. e publicado pela Viacom New Media; lançado em 1995 para Mega Drive e Super Nintendo, o game é inspirado na série animada de mesmo nome, criada por Klasky Csupo para o canal Nickelodeon; o game em si é um jogo de plataforma com um estilo comum para sua época, mas com algumas características próprias. A versão avaliada neste texto é a lançada para Mega Drive.

História

O jogo apresenta as aventuras dos protagonistas do desenho animado, Ickis, Oblina e Krumm, em sua busca pela aprovação no teste da Academia Monstro para serem classificados como "monstros de verdade", devendo para isso cumprir uma série de objetivos estabelecidos pelos examinadores a cada fase.

Gráficos

São muito bons; o visual geral do game reproduz muito bem o estilo do desenho animado; os personagens não são muito grandes, mas são bem feitos e detalhados, fiéis à animação; os cenários são muito bem feitos, detalhados e variados, retratando diversos ambientes, como lixões e escolas; outros personagens que aparecem durante o jogo são bem feitos e variados; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Bom; as músicas presentes no jogo são simples, mas combinam bem tanto com a estética do game quanto com o estilo do jogo; apesar da simplicidade, a trilha sonora é bastante agradável; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Muito boa, com bons controles; a jogabilidade de Aaahh!!! Real Monsters tem como dito anteriormente, um estilo bastante comum ao de outros jogos de plataforma da mesma época, mas com algumas características peculiares, que dão a este jogo um estilo próprio e que tornam a experiência mais interessante.
O jogador assume o controle do trio de personagens Ickis, Oblina e Krumm, que se movimentam e são controlados como se fossem um personagem só, compartilhando entre si diversos marcadores; embora cada personagem possua algumas habilidades próprias, eles são controlados da mesma maneira, podendo o jogador escolher qual personagem controlar a qualquer momento, essa escolha influencia no uso de certas habilidades pelo trio. Quando o jogador está controlando Ickis, a habilidade especial do personagem permite ao trio planar por um breve momento, no controle de Oblina, os personagens sobem uns nos outros, tornando possível assim o acesso a locais e itens fora do alcance do pulo, quando se controla Krumm, é possível observar pontos distantes do cenário; além das habilidades únicas, todos os personagens podem pular, arremessar lixo nos inimigos ou assustá-los.
As fases costumam ter objetivos simples, como recolher determinados itens ou assustar pessoas; embora os objetivos possam ser simples, os cenários contribuem significativamente para torná-los mais complexos, sendo bastante elaborados, com diversos caminhos, obstáculos e armadilhas, que exigem não apenas habilidade nos controles para serem superados, mas também o uso das habilidades especiais de cada personagem. A dificuldade está no ponto certo.

Considerações finais

Embora não seja uma obra-prima dentro de seu gênero, Aaahh!!! Real Monsters é um bom jogo, apresentando bons gráficos, boa trilha sonora e jogabilidade variada e desafiadora; um jogo recomendado para fãs do desenho e para aqueles que buscam um game divertido para matar o tempo!

Referências