domingo, 31 de outubro de 2010

Jogos em Rede

Introdução

Saudações aos leitores. Para o artigo deste mês que se encerra, decidi sobre um tema um tanto interessante, no qual estou pensando há algum tempo. Conforme as idéias amadureciam e pesquisas sobre o assunto eram feitas,  decidi desviar o foco do artigo de sua motivação original, passando para outro ponto referente ao assunto e que considerei mais relevante. O assunto deste artigo é jogos em rede, mais precisamente sobre a jogatina com o uso de consoles antigos conectados, algo que me rendeu algumas surpresas enquanto pesquisava sobre o tema. Este artigo terá um estilo um pouco mais próximo dos textos sobre consoles em razão da forma como o tema será abordado.

O início

O início da conexão de consoles domésticos à redes de diversas espécies não é algo recente, sendo muito mais antiga do que muitos imaginam, com os primórdios da conexão remetendo ao início da década de 1980 e os consoles daquela época, como o Atari 2600 e o Mattel Intellivision. Esses primeiros passos na conexão de consoles domésticos não permitiam que os jogadores interagissem uns com os outros através de uma rede, sendo primeiramente serviços de distribuição de jogos, que poderiam ser baixados mediante um serviço prestado por assinaturas periódicas e pagamento de quantias por cada jogo. Apesar das limitações, esses primeiros passos foram interessantes do ponto de vista tecnológico, pois anteciparam algo que se tornaria realidade em um futuro não muito distante.

1) CVC GameLine

O CVC GameLine era um cartucho desenvolvido pela Control Video Corporation para o Atari 2600 e que permitia ao console baixar jogos através de uma linha telefônica, entrando em operação em 1983. O serviço foi criado por William Von Meister, que buscava um meio de usar sua tecnologia de transmissão por modem para distribuir músicas, mas por questões legais teve de abandonar esse projeto; em razão disso, ele adaptou essa tecnologia para a distribuição de jogos a partir de servidores centrais para o consumidor final, o que permitia aos usuários comprar jogos pela rede que era acessada através de uma assinatura periódica e os jogos eram cobrados à parte. O GameLine originalmente não se destinaria somente a distribuição de jogos, mas também a outros serviços, como: distribuição de notícias, informações sobre o mercado financeiro, resultados de competições esportivas, dentre outros. Contudo, a empresa encerrou suas atividades em 1984, em virtude do Crash da indústria ocorrido no mesmo ano. 

2) PlayCable

O PlayCable foi um sistema de distribuição de jogos desenvolvido pela Mattel para o Intellivision; esse sistema entrou em operação em 1981 e utilizava a rede de TV por assinatura para a distribuição de jogos, devendo o jogador utilizar um conversor adequado, o PlayCable Adapter, ligado ao console para que pudesse ter acesso aos jogos da rede, além disso, o serviço era acessado através de uma taxa periódica de assinatura. O PlayCable teve sua operação encerrada em 1983, em virtude do aumento do tamanho dos jogos lançados para o console, que se tornaram maiores do que o sistema podia suportar. Os conversores PlayCable Adapter são bastante raros atualmente.

3) Famicom Modem
Imagem do Famicom Modem ligado ao Famicom

Esse periférico para o Famicom (a versão japonesa do NES) foi lançado em 1988 e somente no Japão, ele permitia ao usuário acessar um servidor que dispunha de dicas para jogos, piadas, previsão do tempo, análises e prévias de jogos e algum conteúdo que podia ser baixado; com o modem também era possível realizar algumas transações bancárias e comercialização de ações. Apesar de possuir todos esses recursos, ele não tinha a função de proporcionar partidas em rede.

Nova década, novos consoles e novos serviços

Na década de 1990, com o surgimento de novos consoles, surgiram também novos serviços em rede, com um número maior de funções e maior grau de interatividade entre os jogadores e destes para com o sistema. Alguns desses sistemas eram apenas serviços de distribuição de jogos, enquanto outros já permitiam partidas em rede, alguns desses serviços eram prestados pelos próprios fabricantes dos consoles, enquanto outros eram de empresas independentes. A seguir, vou abordar alguns desse serviços, tanto de distribuição de conteúdo quanto de rede para jogos, mas vou me ater apenas aos consoles até a geração 16bits.

1) Teleplay Modem
Imagem do Teleplay Modem do NES
Imagem do Teleplay Modem do Mega Drive

O Teleplay Modem foi um modem desenvolvido por Keith Rupp e Nolan Bushnell originalmente para o NES, visando proporcionar partidas em rede entre os jogadores, o modem também teriam compatibilidade com o Mega Drive e o SNES. O primeiro protótipo, chamado "Ayota Modem", foi apresentado na Consumer Electronics Show de 1992, onde teve uma boa recepção. Posteriormente, Nolan Bushnell abandonou o projeto e Keith Rupp fundou a empresa Baton Technologies, onde continuou a desenvolver o aparelho, alterando seu nome para "Teleplay Modem", o aparelho apresentaria compatibilidade de alguns jogos entre NES, Mega Drive e Super Nintendo, permitindo partidas entre os proprietários dos três consoles. Tanto a Nintendo quanto a Sega se recusaram a licenciar o Teleplay Modem e seus jogos, o que levou a companhia a encerrar esse projeto em 1993.

2) Sega Meganet
Imagem do Sega Mega Modem lançado no Japão para acessar a rede
Imagens das duas versões do modem lançadas no Brasil

O Sega Meganet era um serviço de rede desenvolvido pela Sega para o Mega Drive; para utilizar esse serviço, o usuário deveria conectar um modem ao console; esse serviço proporcionava o acesso a uma rede na qual jogadores em diferentes localidades podiam jogar uns contra os outros, também era possível baixar alguns games simples por esse serviço. O Sega Meganet foi lançado em 1991 no Japão, mas não obteve o sucesso esperado, sendo descontinuado algum tempo depois; a Sega pretendia disponibilizar o serviço nos EUA, mas não chegou a fazê-lo. O Sega Meganet foi disponibilizado no Brasil pela Tectoy a partir de 1995.

3) XBAND
Imagem do XBAND em suas versões para Mega Drive e Super Nintendo

O XBAND era um serviço de jogo em rede criado para o Mega Drive e o Super Nintendo pela Catapult Entertainment; o serviço era fornecido através de um aparelho que era encaixado entre o cartucho e o console e que contava com uma conexão a uma linha telefônica, pela qual se conectava a rede de serviço. O XBAND entrou em operação nos EUA no final de 1995 e início de 1995, tendo em seu auge cerca de 7000 assinantes, mas em 1997 o serviço encerrou suas atividades.

4) Sega Channel
Imagem do aparelho utilizado para acessar o Sega Channel

O Sega Channel era um provedor de jogos criado pela Sega para o Mega Drive; o serviço entrou em operação em 1994 pela Time Warner Cable e pela TCI; o serviço era acessado através de um componente que era encaixado na entrada de cartuchos do console e que contava com uma entrada para o cabo de TV por assinatura, por onde a rede era acessada mediante o pagamento de uma assinatura periódica. Os serviços ofertados eram relacionados à distribuição de jogos pela rede, que eram bastante variados entre si, que eram versões demo de games que seriam lançados, versões modificadas de jogos que eram vendidos nas lojas e títulos exclusivos. O Sega Channel esteve presente em outros países além dos Estados Unidos, como Canadá, Reino Unido, Chile, Argentina e Austrália, sendo promovido em cada um desses países por empresas locais. O Sega Channel encerrou suas atividades em 1998.

5) Satellaview
Imagem do Satellaview conectado ao Super Famicom

O Satellaview era um modem via satélite desenvolvido pela Nintendo para o Super Famicom (a versão japonesa do SNES), o acessório foi lançado em 1995 e apenas no Japão; o Satellaview era composto de um modem, que era encaixado na parte inferior do console, um cartucho BS-X e um cartão de memória de 8MB. O serviço permitia ao usuário baixar jogos criados especialmente para o sistema, revistas em formato digital e conteúdos extras; todos esses serviços eram acessados mediante assinatura periódica. O Satellaview encerrou suas atividades em 2000.

Conclusão

Neste artigo busquei discorrer um pouco sobre jogos e serviços de distribuição de conteúdo por rede em consoles antigos, apresentando alguns serviços e acessórios lançados para alguns consoles do passado. Contudo, meu objetivo em momento algum foi abordar esse tema em sua totalidade, pois tive muitas surpresas enquanto trabalhava no artigo, descobrindo a existência de periféricos que sequer imaginava que existiam.
Foi interessante, mas ao mesmo tempo trabalhoso escrever esse artigo, pois conforme pesquisava para escrevê-lo, mais conteúdo relacionado ao tema surgia.

Referências

The New Tetris (N64)

O novo Tetris

The New Tetris é um jogo de quebra-cabeça desenvolvido pela H2O Entertainment e publicado pela Nintendo; lançado em 1999 para Nintendo 64, o game é uma versão do clássico Tetris, mas com algumas novidades na mecânica de jogo, uma estética própria e mais algumas surpresas.

Gráficos

São ótimos; a área de jogo e as peças seguem o estilo clássico do Tetris original; os cenários ao redor da área de jogo impressionam pela beleza e riqueza de detalhes, com temas que remetem a diversas civilizações, reproduzindo características da arquitetura dessas civilizações com fidelidade; em alguns momentos há ótimas animações em 3D, essas animações estão presentes tanto na abertura do jogo quanto na apresentação das conquistas obtidas pelo jogador dentro do game; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são ótimas, sendo algumas delas muito agradáveis, o que combina bem com o estilo do game, outras músicas são mais animadas, chegando até mesmo a serem um pouco estranhas, mas o destaque é uma versão remixada da música-tema do Tetris original; os efeitos sonoros são ótimos.

Jogabilidade

Perfeita, com controles simples e precisos; a jogabilidade de The New Tetris não foge muito daquela vista em Tetris, apresentando basicamente a mesma mecânica de jogo, contudo, não é uma repetição integral da jogabilidade do quebra-cabeça soviético, apresentando algumas novidades, tanto na jogabilidade em si quanto nos modos de jogo.
A mecânica básica, como dito anteriormente, permanece a mesma em muitos aspectos, com o jogador devendo encaixar blocos coloridos de diversos formatos que vêm do alto uns nos outros, para formar linhas que desaparecem para dar lugar aos blocos que continuam caindo; algumas novidades presentes estão relacionadas ao agrupamento de blocos, quando o jogador consegue juntar quatro peças em um bloco de 4X4, elas se fundem e tornam-se um bloco só, que pode ser eliminado linha por linha, mas que garante linhas extras no contador, se o jogador formar esse grande bloco com quatro peças iguais, ele adquire uma coloração dourada e rende ainda mais pontos no contador.
Outras novidades presentes estão relacionadas com os modos de jogo e com o sistema de recompensas presentes; referente aos modos de jogo presentes, alguns deles são interessantes, pois conseguem mesclar o estilo tradicional de Tetris com condições que alteram significativamente a dinâmica das partidas, uma das três modalidades presentes é a "Marathon", que consiste no sistema clássico, no qual o jogador deve permanecer na partida pelo maior tempo possível; outra modalidade é a "Ultra", na qual o jogador deve eliminar 150 linhas no menor tempo possível; uma terceira modalidade é a "Sprint", na qual o jogador deve eliminar o maior número de linhas possível dentro de um período de tempo limitado; essas modalidades podem ser jogadas tanto sozinho quanto contra o computador. Em relação ao sistema de conquistas, o game oferece ao jogador algumas recompensas conforme seu desempenho, de acordo com a quantidade de linhas eliminadas é possível desbloquear novos cenários de fundo e monumentos. O game pode ser jogado por até quatro pessoas simultaneamente.

Considerações finais

The New Tetris é um ótimo jogo, pois consegue unir a jogabilidade original de Tetris com novos elementos, que dão ao clássico quebra-cabeça uma renovação muito bem vinda; um título memorável, sem dúvida!

Referências

sábado, 30 de outubro de 2010

Super Mario Land (GB)

A chegada de Mario ao Game Boy

Super Mario Land é um jogo de plataforma desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 1989 para Game Boy, o game foi a primeira aparição de Mario no Game Boy, sendo um dos títulos que acompanharam o portátil da Nintendo em seu lançamento no Japão e nos Estados Unidos, ajudando a vender o aparelho. Este jogo apresenta algumas características únicas se comparado aos outros jogos do encanador lançados para os consoles domésticos até então.

História

Este jogo se passa no pacífico reino de Sarassaland, que se divide em quatro reinos menores: Birabuto, Muda, Easton e Chai. Um dia, um misterioso alienígena chamado Tatanga aparece e hipnotiza todos os habitantes de Sarassaland, inclusive a Princesa Daisy, a quem sequestra e com a qual pretende se casar. Ciente da situação, Mario parte para resgatar a Princesa Daisy das garras de Tatanga, passando por todos os reinos menores de Sarassaland e derrotando os soldados desse misterioso alienígena pelo caminho.
Comentário: É sempre interessante ver um jogo do Mario em que ele não tenha de resgatar a Princesa Toadstool das garras de Bowser pela enésima vez, não que isso tenha perdido a graça, mas novidades são bem vindas.

Gráficos

São ótimos para os padrões do Game Boy; em muitos aspectos o visual deste jogo busca se aproximar do visto em alguns games do Mario para NES; Mario está com um visual muito bom, bastante próximo do visto no jogo Super Mario Bros.; os inimigos são muito bons, embora alguns deles sejam bem simples, outros são maiores e mais detalhados; os cenários são ótimos, muito bem feitos, variados e detalhados; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são muito boas, sendo bastante cativantes e combinando bem tanto com a parte gráfica quanto com o estilo do universo de Mario; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Super Mario Land lembra muito e em vários aspectos a jogabilidade de Super Mario Bros., apresentando a mesma estrutura básica em muitos momentos, mas também acrescenta algumas novidades muito interessantes, que ajudam a dar a este jogo uma identidade própria.
Muitos dos elementos clássicos presentes neste jogo, como dito anteriormente, estão ligados a estrutura de muitas das fases, que seguem o modelo clássico visto em Super Mario Bros., no qual Mario pode pular sobre os inimigos, correr e utilizar os power-ups clássicos, como o cogumelo, a flor-de-fogo e a estrela; todos esses elementos presentes contribuem para criar um clima "familiar" dentro do jogo, com o jogador devendo passar por uma série de desafios fazendo uso de suas habilidades e dos itens oferecidos pelo jogo em muitos momentos. Apesar do uso de um sistema tradicional em algumas fases e do clima "familiar", existem alguns desafios e peculiaridades que dão ao game características próprias.
Algumas das novidades presentes em Super Mario Land consistem na forma como Mario deve passar por algumas fases; em certos estágios, o encanador deverá pilotar um submarino ou um avião, nessas situações, o jogo adquire parte de seu estilo próprio, com o jogador devendo superar obstáculos e derrotar inimigos a bordo de um veículo; tanto o submarino quanto o avião podem atirar a vontade, nesses estágios, o personagem e o veículo são afetados pelo uso de itens como o cogumelo, que pode fazer com que eles fiquem maiores ou menores. Nessas fases a progressão da tela é automática, não podendo o jogador detê-la ou alterar sua velocidade. A dificuldade é progressiva.

Considerações finais

Super Mario Land marca a chegada do encanador ao Game Boy, com um excelente jogo, que ao mesmo tempo em que mantém um estilo tradicional, apresenta novidades muito interessantes, que dão ao game um estilo próprio; em suma, um clássico!

Referências

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Earthworm Jim (SNES)

A série

Earthworm Jim é uma série de jogos de ação e plataforma desenvolvida pela Shiny Entertainment e que teve início com o jogo de mesmo nome, lançado em 1994 para várias plataformas; desde então a série recebeu mais alguns jogos nos anos posteriores. Os games da franquia caracterizam-se pelo estilo da jogabilidade e pelo visual distinto. A série Earthworm Jim inspirou uma série de desenho animado, que foi produzida nos anos de 1995 e 1996.

Minhoca super poderosa

Earthworm Jim é um jogo de ação e plataforma desenvolvido pela Shiny Entertainment e publicado pela Playmates Interactive Entertainment; lançado em 1994 para Mega Drive, Super Nintendo, MS-DOS, Sega Game Gear, Master System e Game Boy, o game é notório por sua jogabilidade, visual e humor bastante característicos. Em 1995 uma versão especial com algumas adições foi lançada para Sega CD e Windows; em 2001 o game recebeu uma versão para Game Boy Advance, publicada pela Majesco. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo.

História

Jim é uma minhoca comum e que vive uma vida bastante comum para uma minhoca, fazendo as coisas com as quais já está habituada. Um dia, no espaço sideral, Psy-Crow encurralou um piloto rebelde que havia roubado um super traje, projetado pelo Professor Monkey-For-A-Head sob encomenda da Rainha Slug-for-a-butt. Durante a batalha entre Psy-Crow e o piloto rebelde, o traje cai na Terra, sobre Jim. Por sorte, Jim consegue entrar no traje pela gola e acaba sofrendo mutações que o transformam em uma forma de vida mais forte e inteligente. Jim descobre sobre os planos de Psy-Crow e da Rainha Slug-for-a-butt para o traje e a Princesa What's-Her-Name e decide agir.

Gráficos

São excelentes; o visual geral do jogo é realmente interessante e muito bem trabalhado, apresentando um estilo bastante original e contribuindo para criar um humor surreal; os personagens são muito bem feitos e detalhados, contando com cores vivas; os cenários impressionam pelo estilo único, beleza, diversidade e riqueza de detalhes; a animação do jogo flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Excelente; a trilha sonora do jogo é impressionante, com músicas variadas que transmitem diversas sensações, variando entre o empolgante, o dramático e o impactante, algo que contribui para tornar mais variada a experiência dentro do jogo; os efeitos sonoros são ótimos, cumprindo muito bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Earthworm Jim impressiona pela qualidade, apresentando um humor bizarro e uma mecânica de jogo muito boa, que abrange diversos desafios ao longo de todo o jogo.
O protagonsita do jogo, Jim, é capaz de manusear uma arma, utilizar a própria cabeça como chicote e agarrar-se a cordas e ganchos espalhados pelas fases, essas habilidades são o bastante para lidar com muitos dos desafios presentes no jogo; vários dos desafios apresentados demandam do jogador muito mais do que o domínio das habilidades do personagem e destreza com os controles, exigindo também uma boa capacidade de observação para descobrir a melhor forma de resolver determinadas situações. Alguns dos desafios presentes são insanos, sendo eles responsáveis por parte do humor do jogo, uma das tarefas absurdas que devem ser completadas pelo jogador é lançar uma vaca para o alto utilizando uma gangorra e uma geladeira.
As fases são ótimas, sendo muito bem elaboradas, apresentando caminhos extensos e intrincados, com desafios e obstáculos variados; há também alguns estágios em que Jim deverá disputar uma corrida contra Psy-Crow em um ambiente que proporciona uma ótima sensação de 3D, mas sem sê-lo de fato. A dificuldade pode ser selecionada.

Considerações finais

Earthworm Jim é um jogo impressionante, pois combina excelentes gráficos, ótima trilha sonora e jogabilidade impecável com um humor que cativa pelo absurdo; essa combinação resultou em um game interessantíssimo e que se tornou um dos melhores de sua geração, um verdadeiro clássico!

Referências

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Toki: Going Ape Spit (MD)

O jogo

Toki: Going Ape Spit é um jogo de ação e plataforma desenvolvido pela TAD Corporation e publicado por várias outras empresas dependendo da plataforma; lançado originalmente em 1989 para Arcade, o game recebeu versões para NES, Mega Drive, Atari Lynx, Atari ST, Computador Amiga, Commodore 64, ZX Spectrum, Amstrad CPC e Windows. A versão avaliada neste texto é a lançada para Mega Drive em 1991 e que foi publicada pela Sega.

História

O protagonista do jogo é um homem chamado Toki (Juju em algumas versões), que leva uma vida primitiva, mas agradável, em uma selva numa ilha. Um dia, Miho (Wanda em algumas versões), princesa da tribo e possível futura esposa de Toki, é sequestrada pelo bruxo Vookimedlo (Dr. Stark em algumas versões); o feiticeiro leva Miho para seu vasto palácio dourado no ponto extremo da ilha, mas antes de sequestrar a princesa, o bruxo transformou todos os habitantes da tribo em animais e Toki acabou virando um primata. Por alguma razão, Toki conseguiu manter sua consciência mesmo após ter sido transformado e tornou-se capaz de cuspir vários projéteis. Agora Toki deverá ir ao palácio de Vookimedlo para resgatar a princesa e recuperar sua forma humana.

Gráficos

São bons; o visual geral do jogo é bom, com cores vivas; os personagens são simples, mas bem feitos, os inimigos também são bem feitos e diversificados, os mestres são bem feitos e bastante detalhados; os cenários são muito bons, bem feitos e detalhados, retratando diversos ambientes; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Bom; a trilha sonora do game é boa, com músicas que combinam bem com a atmosfera do jogo, mas que não chegam a ser memoráveis; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Muito boa, com controles simples e precisos; A jogabilidade de Toki: Going Ape Spit não foge muito daquilo que é considerado como "tradicional" em jogos de plataforma, apresentando características bastante comuns a outros jogos do mesmo gênero, mas sem se tornar um jogo genérico.
O personagem pode pular, atirar projéteis com a boca, subir ou agarrar-se a cipós ou cordas e andar agachado, essas poucas habilidades são o suficiente para lidar com os desafios apresentados ao longo do jogo; o personagem pode encontrar power-ups que modificam a espécie de projétil utilizado, podendo aumentar sua força, seu alcance ou até mesmo transformá-lo em um sopro de fogo; existem outros itens que alteram as habilidades do personagem, como os tênis, que permitem a Toki andar mais rápido ou pular mais alto. O personagem pode ser atingido apenas uma vez.
As fases são muito boas, partindo de estágios mais lineares no começo para outros mais complexos, mas todos eles estão repletos de inimigos e obstáculos, que devem ser superados pelo jogador para cumprir seu objetivo; após algumas fases, o jogador deverá enfrentar um mestre. A dificuldade pode ser selecionada.

Considerações finais

Toki: Going Ape Spit é um bom jogo, embora não seja inovador ou revolucionário dentro de seu gênero, ainda é capaz de proporcionar um bom desafio e horas de diversão; em suma, um game que vale a pena!

Referências

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cyber-Lip (Arcade)

O jogo

Cyber-Lip é um jogo de ação e plataforma desenvolvido e publicado pela SNK; lançado em 1990 para a máquina de Arcade Neo Geo MVS, o game é um jogo de ação claramente inspirado em Contra e um dos primeiros jogos de seu gênero lançados para o Neo Geo.

História

Em 2020, a Terra criou uma colônia espacial e um exército de andróides para defendê-la de ataques de alienígenas, esse exército é controlado pelo supercomputador Cyber-Lip; um dia, Cyber-Lip começa a apresentar defeito e ordena que os andríodes ataquem as pessoas. O Presidente, ciente da situação e de sua gravidade, não tem escolha a não ser enviar os notórios soldados Rick e Brook para deter Cyber-Lip e restaurar a ordem.

Gráficos

São bons; o game conta com um bem interessante, retratando bem um ambiente futurista; os personagens são bem feitos e contam com algum detalhamento; os inimigos são bem feitos e variados, os mestres são muito bem feitos e detalhados, sendo em sua maioria grandes em relação aos personagens; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Bom; as músicas presentes no game são boas e combinam bem com a ação do jogo, sendo em alguns momentos empolgante e mais sombria em outros, o que ajuda a criar uma variedade maior de momentos dentro do jogo; as vozes presentes em muitos momentos são boas e ajudam a apresentar os objetivos ao jogador; os efeitos sonoros são bons,cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Boa, com bons controles; a jogabilidade de Cyber-Lip teve como fonte de inspiração o game Contra; baseando em sua jogabilidade toda a mecânica de jogo, Cyber-Lip apresenta um estilo bastante simples, mas  que funciona muito bem, além de revelar-se bastante divertido.
O personagem controlado pelo jogador possui alguns movimentos bastante comuns, como pular, correr, agarrar-se a barras no teto e rolar pelo chão, e também algumas variações desses movimentos, como um pulo mais alto, que é feito pressionando-se ao mesmo tempo o botão de pulo e cima; em relação às armas, o protagonista começa com uma arma bastante simples, que dispara apenas um tiro a cada vez que o botão é pressionado, mas conforme se avança pelo game, é possível encontrar novas armas, que são bastante variadas, não apenas no que diz respeito a suas espécies, mas também no que concerne ao poder de fogo destas; o jogador pode carregar várias espécies de armas ao mesmo tempo, podendo trocá-las com um botão; com exceção da arma principal, todas as outras armas têm munição limitada.
Sobre os cenários, eles são em sua maioria, bastante lineares e diretos, colocando o jogador de frente com hordas de inimigos para serem exterminados com o arsenal espalhado pelos estágios, em alguns trechos podem haver portas nas quais o jogador pode entrar e recarregar suas armas; a partir de um certo ponto, é possível escolher qual caminho seguir pelo jogo, o que permite uma maior variedade quanto as rotas até o objetivo final. A dificuldade é alta e o game pode ser jogado por duas pessoas em modo cooperativo.

Considerações finais

Cyber-Lip é um bom jogo, pois conta com bons gráficos, boa trilha sonora e jogabilidade simples e divertida; esse game, embora não tenha sido o mais elaborado de seu gênero a aparecer no Neo Geo MVS, ainda é bastante competente e não deixa a desejar em matéria de diversão!

Referências

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mike Tyson's Punch-Out!! (NES)

A série

Punch-Out!! é uma série de jogos de boxe desenvolvida e publicada pela Nintendo; a franquia teve início com o jogo Punch-Out!!, lançado para Arcade em 1984 e que fez bastante sucesso, pois embora não fosse o primeiro jogo eletrônico de boxe lançado, foi o primeiro a se tornar um grande sucesso, ao ponto de dar início a uma série que chegou aos consoles domésticos, tornando-se clássica.O último jogo da série lançado até o momento é Punch-Out!!, lançado para Wii em 2009.

A chegada de um campeão ao NES

Mike Tyson's Punch-Out!! é um jogo de boxe desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 1987 para NES, o game é inspirado nos jogos Punch-Out!! e Super Punch-Out!!, lançados para Arcade anos antes, trazendo para o console uma versão baseada nos games de Arcade; este jogo teve a presença do pugilista Mike Tyson como o último boxeador que o jogador deveria enfrentar. A licença quanto ao uso da imagem de Mike Tyson expirou alguns anos após o lançamento do game e a Nintendo relançou o jogo nos EUA como Punch-Out!! featuring Mr.Dream, em 1990.

História

Little Mac é um boxeador de 17 anos que busca ser campeão mundial dos pesos-pesados e para isso, passa por todas as ligas do circuito de boxe profissional, lutando com uma série de pugilistas até que possa enfrentar o atual campeão, Mike Tyson.

Gráficos

São ótimos para a época; o visual geral do jogo é bastante colorido e animado; os personagens são bem feitos e bastante variados, possuindo estilos distintos entre si; o cenário é bem feito, embora seja sempre o mesmo; um destaque é a presença de Mario como árbitro das lutas; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são muito boas e diversificadas, variando entre o empolgante e o cativante, a trilha sonora do game dá ao mesmo parte de seu consagrado estilo e personalidade, contribuindo para melhorar a experiência como um todo; os efeitos sonoros são bons, combinando bem com a estética mais animada do jogo em alguns momentos, mas sempre cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Perfeita, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Mike Tyson's Punch-Out!! é incrivelmente simples, mas ao mesmo tempo, viciante e divertida, apresentando um sistema de jogo que encontra a excelência em sua simplicidade, contudo, sem ser raso ou limitado.
Little Mac possui alguns comandos básicos como: socos altos e baixos com as duas mãos, bloqueio e esquiva para a esquerda e direita, essa quantidade de movimentos pode dar a impressão de que os controles do personagem são limitados, mas eles são mais que suficientes para lidar com os desafios apresentados, o domínio pelo jogador desses movimentos é imprescindível para que seja possível progredir pelo jogo; o personagem possui uma espécie de contador de vezes que pode atacar o adversário, ele decresce conforme o jogador erra os golpes, caso ele chegue à zero, Little Mac não poderá atacar durante algum tempo, mas é possível recuperar parte desse contador rapidamente desviando de ataques do adversário. A mecânica de jogo foi pensada de modo que tanto jogadores inexperientes quanto os mais habilidosos possam se divertir com o jogo, pois ele é bastante fácil de ser jogado, mas difícil de ser dominado totalmente.
Em relação aos lutadores presentes no jogo, cada um possui um estilo de luta único, agindo de forma bastante característica dentro do ringue e movimentando-se conforme padrões estabelecidos, o jogador poderá derrotar a maior parte dos lutadores uma vez que aprenda sobre a forma como cada pugilista luta e seja habilidoso o bastante para atacar nas horas certas. Cada luta pode ter até três rounds, havendo a possibilidade de acabarem antes através do nocaute de um dos lutadores. A dificuldade é progressiva e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

Mike Tyson's Punch-Out!! é um game que conquista primeiramente por sua simplicidade, mas que mantém a atenção do jogador com sua jogabilidade simples e viciante, que continua divertida até hoje, vários anos após  seu lançamento; essa excelência na jogabilidade garantiu ao game uma posição merecida entre os melhores jogos do NES!

Referências

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Marvel Super Heroes in War of the Gems (SNES)

O jogo

Marvel Super Heroes in War of the Gems é um jogo de ação e plataforma desenvolvido e publicado pela Capcom; lançado em 1996 para Super Nintendo, o game reúne em um mesmo jogo diversos personagens da editora Marvel, algo pouco visto em outros jogos com personagens de quadrinhos da mesma época.

História

As Gemas do Infinito. Existem seis delas e cada uma controla uma força diferente, como o tempo, espaço, poder, realidade, mente e alma. Dizem que aquele que conseguir reunir as seis Gemas se tornará onipotente, sendo capaz de controlar absolutamente tudo. Alguém começou a buscar pelas Gemas e se essa pessoa conseguir juntar todas, o universo passará por uma nova era de sofrimento. Adam Warlock descobre que as gemas caíram na Terra e pede aos heróis mais poderosos do planeta para que o ajude a impedir que as Gemas do Infinito caiam em mãos erradas.

Gráficos

São ótimos; o game possui um visual bom e bastante limpo; os personagens são bem feitos, detalhados e fiéis aos estilos originais vistos nos quadrinhos; os inimigos são bem feitos, embora aqueles presentes no meio das fases não sejam muito variados, os mestres são vilões clássicos do universo Marvel e, assim como os heróis, são muito bem feitos; os cenários são ótimos, muito bem feitos e detalhados, retratando ambientes variados; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; a trilha sonora do jogo é muito boa, com músicas bastante empolgantes que, embora nem sempre façam uma combinação muito boa com o cenário, combinam bem com a ação do jogo; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com bons controles; a jogabilidade de Marvel Super Heroes in War of the Gems é bastante tradicional em muitos aspectos, mas ainda assim, traz algumas características em diversos aspectos.
Uma característica interessante da jogabilidade é a presença de cinco heróis bastante diferentes entre si, o que ajuda a diversificar a experiência de jogo, uma vez que cada um dos personagens possui um conjunto de habilidades próprias; os heróis presentes neste jogo são: Homem Aranha, Homem de Ferro, Wolverine, Capitão América e Hulk. O Homem Aranha é um personagem bastante ágil, que pode acertar os inimigos repetidas vezes e de forma muito rápida, podendo também lançar "projéteis" de teia como forma de ataque, ele também é capaz de agarrar-se a algumas paredes e a partir delas pode pular para locais mais altos; Wolverine possui um bom equilíbrio entre força e agilidade, podendo dar uma quantidade razoável de golpes em uma sequência e com boa quantidade de força, ele é capaz de utilizar suas garras para se agarrar à paredes e escalá-las; o Homem de Ferro é bastante forte e possui uma boa sequência de ataques, embora não seja o personagem mais ágil do jogo, ele também dispara lasers e pode realizar um pequeno vôo com os propulsores em suas botas, o que lhe permite alcançar locais mais altos; o Capitão América é muito forte e seus ataques infligem danos consideráveis aos inimigos, mas é um pouco lento, ele é capaz de lançar seu escudo contra os inimigos como se fosse um bumerangue; o Hulk é o personagem mais lento do jogo, mas em contrapartida, é o mais forte de todos, podendo acabar com os inimigos em poucos golpes.
As fases são variadas, não apenas no que diz respeito aos estilos dos cenários, mas no que tange aos desafios apresentados; algumas das situações apresentadas ao jogador são realmente interessantes, como  uma fase em que o personagem está submerso e deve passar pelo trecho sob a água antes que o ar acabe e a barra de energia comece a diminuir. Conforme o jogador avança e recolhe as Gemas do Infinito, elas podem ser utilizadas para conceder habilidades interessantes e muito úteis. Quando um personagem morre, ele não pode mais ser utilizado até que seja ressuscitado com o uso de um item que pode ser encontrado em algumas fases. A dificuldade está no ponto certo e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

Marvel Super Heroes in War of the Gems é um jogo muito bom, pois reúne heróis bastante distintos em uma única aventura, sendo alguns deles presenças não muito frequentes em jogo eletrônicos, fora isso, o game é bastante competente no que diz respeito aos gráficos, trilha sonora e jogabilidade, que é variada e desafiadora; a soma das qualidades resulta em um título memorável e que vale a pena!

Referências

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Thunder Force III (MD)

O jogo

Thunder Force III é um shoot'em up desenvolvido e publicado pela Technosoft; lançado em 1990 para Mega Drive, o game é a sequência direta de Thunder Force II e o terceiro jogo da série Thunder Force; o game em si abandona as fases com visão do alto, adotando somente estágios com progressão lateral. No mesmo ano em que foi lançado para Mega Drive, este jogo recebeu algumas alterações e foi lançado para Arcade com o título Thunder Force AC; em 1991, Thunder Force AC recebeu uma versão para Super Nintendo chamada Thunder Spirits.

História

Os acontecimentos de Thunder Force III se passam 100 anos após os eventos de Thunder Force e diretamente após os acontecimentos vistos em Thunder Force II. Apesar de alguns sucessos; a Federação da Galáxia está tendo problemas com sua guerra contra o Império ORN, o Império instalou dispositivos de disfarce nos cinco maiores planetas de seu território, onde está sua principal base, dificultando os ataques da Federação; em adição a esse disfarce, ORN instalou um sistema de defesa remota, chamado Cerberus, que é capaz de destruir grandes frotas e naves de maior porte. Ciente da situação, a Federação cria uma nova nave, a FIRE LEO-03 Styx, que é pequena o bastante para não ser detectada por Cerberus, mas com o poder de fogo de uma nave maior. A missão da Styx é adentrar no território do Império, destruir os dispositivos de disfarce dos planetas, se infiltrar no quartel-general do Império e destruir o Imperador, o biocomputador "Cha Os".

Gráficos

São excelentes; o visual geral do jogo é muito bom, com o uso de cores vibrantes em alguns momentos; a nave do jogador, embora seja pequena, é bem feita e possui algum detalhamento, os inimigos são muito bem feitos, diversificados e, principalmente os maiores, são bastante detalhados, com destaque para os mestres; os cenários impressionam pela beleza e riqueza de detalhes, sendo muitos deles magníficos; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são ótimas, a trilha sonora de Thunder Force III é bastante empolgante, combinando bem com o ritmo e ação das batalhas, contribuindo para criar uma ótima atmosfera; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Thunder Force III possui um estilo mais tradicional se comparada a de seus antecessores, que apresentavam tanto estágios com visão do alto e controle livre da nave quanto fases com progressão lateral, sendo este último tipo o estilo adotado pelo game aqui analisado, contudo, essa inclinação a um estilo mais tradicional não constitui demérito algum ao game, pois a mecânica de jogo foi muito bem elaborada dentro desse estilo.
Como dito anteriormente, as fases são de progressão lateral, apresentando um estilo bastante comum dentro do gênero, mas os lugares-comuns encontram seu limite aqui, Thunder Force III possui fases consideravelmente variadas, não apenas no que diz respeito aos gráficos, mas também em relação aos desafios apresentados, que são bastante diversificados e diferem muito entre si, o que contribui para criar uma jogabilidade envolvente e desafiadora. O jogador pode escolher por qual estágio iniciar sua campanha, mas após passar pela primeira fase, as seguintes são escolhidas pelo computador.
A nave controlada pelo jogador é outra parte fundamental da jogabilidade, ela é capaz de utilizar uma série de armas que o jogador pode encontrar pelas fases, podendo carregar até cinco tipos e escolher qual utilizar a qualquer hora, a nave também pode ter sua velocidade ajustada e pode disparar em modo automático, isto é, enquanto o jogador mantiver pressionado o botá de tiro, a nave continuará, dependendo da arma, a disparar uma rajada contínua de tiros; todas essas capacidades são muito úteis para enfrentar os desafios apresentados ao longo do game. A dificuldade é progressiva.

Considerações finais

Thunder Force III é um excelente jogo, pois embora tenha adotado um estilo mais tradicional, demonstra em vários momentos ter sido feito com esmero, contando com ótimos gráficos, trilha sonora marcante e jogabilidade desafiadora, a soma dessas características resultou em um jogo competentíssimo e um dos melhores de seu gênero lançados para Mega Drive!

Referências

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eggerland 2 (MSX)

O jogo

Eggerland 2 (conhecido como Meikyuushinwa no Japão) é um jogo de quebra-cabeça desenvolvido e publicado pela HAL Laboratory; lançado em 1988 para MSX, o game é a sequência de Eggerland Mystery, lançado em 1985 para MSX, sendo o segundo jogo da série Eggerland, apresentando, ao mesmo tempo, semelhanças e diferenças se comparado a seu antecessor.

História

Edenland está imersa em caos, nuvens negras cobrem a terra e monstros surgem do chão. Lolo está a caminho do castelo quando, diante de seus olhos, vê o Rei Egger sequestrar a Princesa Lala. Lolo localiza o Rei Egger, que está em um labirinto. Para resgatar sua amada, Lolo deverá percorrer o labirinto e enfrentar novamente as forças do mal.

Gráficos

São muito bons; assim como seu antecessor, Eggerland 2 possui um estilo bastante colorido e animado; os personagens e inimigos continuam com o mesmo estilo do game anterior, ainda sendo simples, mas bem feitos; os cenários sofreram uma grande mudança, agora eles estão integrados uns aos outros, fora isso, eles são bem feitos e alguns deles são mais detalhados; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes no jogo são muito bonitas e cativantes, combinando bem com a parte gráfica e estilo do jogo, contribuindo para a criação de um conjunto bastante interessante; os efeitos sonoros são bons.

Jogabilidade

Muito boa, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Eggerland 2 não é muito diferente daquela vista em Eggerland Mystery, preservando quase que totalmente inalterada a mecânica de jogo e os estilos dos quebra-cabeças, apresentando ainda várias situações nas quais o jogador deverá utilizar sua inteligência e os elementos disponíveis para progredir no game.
Como dito anteriormente, muitos dos elementos vistos no game anterior estão presentes neste jogo, nas fases o jogador deve recolher determinados itens para que possa chegar ao objetivo e prossiga para o próximo estágio, mas agora o jogador deverá buscar chaves para abrir portas e passar para outras áreas do labirinto, não há mais uma separação entre as "fases", existindo em seu lugar uma série de "estágios" ligados uns aos outros, pois em muitas situações o jogador poderá escolher qual cenário "resolver" primeiro. Quando os objetivos de um cenário são cumpridos, os inimigos presentes no mesmo desaparecem.
As habilidades de Lolo continuam praticamente as mesmas, mas agora os novos desafios presentes nos cenários permitem outras formas de resolver os quebra-cabeças; o editor de fases foi suprimido, a dificuldade está mais alta e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

Eggerland 2 é, assim como seu antecessor, um ótimo jogo, que prende a atenção do jogador com um estilo simples, mas inegavelmente cativante, que exige do jogador inteligência e capacidade de observação apuradas para lidar com as situações impostas e os novos desafios apresentados, principalmente em razão da dificuldade mais elevada; em suma, um jogo que continua divertido até hoje e que recomendo!

Referências

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vice: Project Doom (NES)

O jogo

Vice: Project Doom é um jogo de ação desenvolvido pela Aicom e publicado pela Sammy; lançado em 1991 para NES, o game combina estágios de plataforma com confrontos, com fases de corridas com combates e ainda com fases de tiro, apresentando uma combinação bastante interessante.

História

Em um futuro distante, a Corporação B.E.D.A., uma empresa que desenvolve equipamentos eletrônicos e armas, é na verdade uma fachada para uma espécie alienígena que está vivendo na Terra secretamente durante séculos; eles desenvolveram uma substância chamada "Gel", cuja finalidade inicial era servir de alimento para os alienígenas, mas que causa forte dependência em seres humanos, tanto que é considerada uma droga ilícita e é comercializada como tal no submundo. O jogador assume o controle do detetive Quinn Hart, um membro da unidade VICE, que é designado para investigar a Corporação B.E.D.A. após o desaparecimento do detetive Reese em um caso anterior; nesta missão Hart é auxiliado pelas agentes Christy e Sophia.

Gráficos

São ótimos; o game conta com um visual muito bom para os padrões do NES; os personagens e inimigos são bem feitos e contam com algum nível de detalhamento; os cenários são ótimos, impressionando pela beleza, diversidade e riqueza de detalhes; nas fases de carro, os veículos, apesar de diminutos, são bem feitos e os cenários são muito bons; a animação do jogo flui bem; entre as fases há ótimas cutscenes que ajudam a contar a história.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; a trilha sonora do jogo é muito boa, contando com músicas empolgantes em boa parte das fases, que contribuem para tornar a ação mais envolvente e divertida; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com bons controles; a jogabilidade de Vice: Project Doom, embora não apresente nenhuma novidade em relação ao que já havia sido visto anteriormente, tem o mérito de reunir vários elementos consagrados por outros jogos de ação lançados para NES, criando assim uma mecânica de jogo muito interessante e desafiadora.
Nas fases de carro, o jogador deve percorrer a estrada com seu veículo, desviando de obstáculos e destruindo inimigos com a arma equipada, é possível ajustar a velocidade do carro trocando as marchas do mesmo.
Nos estágios de plataforma, o jogador dever percorrer os cenários destruindo inimigos e superando obstáculos, passando por vários trechos até chegar ao mestre; nessa empreitada, o protagonista conta, além dos movimentos considerados "básicos" em um jogo de ação, como pular, agachar e subir escadas, com uma espada, que pode ser utilizada ilimitadamente, uma arma, com munição limitada e granadas, que vêm em número reduzido, todas essas armas são de grande valia para lidar com os desafios apresentados ao longo do jogo; os mestres são um caso à parte, sendo alguns deles bastante desafiadores. Além das fases a pé e de carro, há também estágios de tiro. A combinação de fases de diferentes gêneros dentro do mesmo jogo contribuiu para tornar a experiência mais diversificada, mantendo a atenção do jogador. A dificuldade é um pouco alta e não há meios de salvar o progresso do jogador.

Considerações finais

Embora a capa pavorosa possa causar uma primeira impressão não muito boa, Vice: Project Doom é um ótimo jogo, pois consegue reunir vários ótimos elementos presentes em diversos jogos de ação da mesma época em um único game, apresentando um desafio constante e variado, aliado a um bom pacote audiovisual; essa combinação resultou em um game que é, sem dúvida, um dos melhores jogos de ação do NES!

Referências