segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Amor ao desafio ou masoquismo?

Introdução

Saudações aos leitores. Para o artigo deste mês que se encerra, decidi abordar um tema que me veio à mente enquanto me lembrava de alguns jogos em particular e jogava tantos outros, todos eles com uma característica em comum: a dificuldade incrivelmente alta; em todos eles eu era pisoteado impiedosamente ainda nos primeiros instantes, até o momento em que finalmente começava a adquirir a habilidade necessária para sobreviver mais alguns momentos dentro do game, até ser vencido de forma rápida e avassaladora por um novo desafio. Apesar destes jogos nem sempre pertencerem ao mesmo gênero, eles causavam um sentimento em comum, pois independentemente do fato de ser massacrado por repetidas vezes e em curtos períodos de tempo, não conseguia parar de jogar. Sendo assim, este artigo abordará alguns games antigos que, apesar da dificuldade elevada, conquistaram os jogadores.

O gosto pela dor

Alguns jogos conseguem trazer aos jogadores um estranho sentimento, pois independentemente de suas dificuldades insanas, eles continuam sendo atrativos, estimulando o jogador a continuar jogando cada vez mais, superando obstáculos e contratempos aparentemente intransponíveis através da persistência, em um processo de tentativa e erro, que ao mesmo tempo em que se busca vencer um desafio, o jogador se dispõe a enfrentá-lo sucessivas vezes. O que há de tão atrativo nesses games, que apesar de serem incrivelmente difíceis e apresentarem obstáculos aparentemente insuperáveis, continuam a atrair e prender a atenção dos jogadores, causando um estranho gosto pela dor? Alguns jogos que, embora submetam o jogador a tiroteios insanos, batalhas em que o protagonista está em clara e inequívoca desvantagem, infindáveis situações adversas, dentre outros exercícios de tortura deliberadamente programados, ainda assim conquistaram seu espaço dentre os grandes clássicos dos video games, sendo relembrados não apenas por virtudes como gráficos e jogabilidade impecável, mas principalmente por suas dificuldades indecentemente altas, que ao mesmo tempo em que geram um crescente desejo de superação, presenteiam aqueles que se dispõe a enfrentá-los com constantes doses de adrenalina.

Alguns clássicos desafiadores

Ao longo dos anos, vários jogos com as características citadas anteriormente foram lançados para inúmeras plataformas, alguns deles e tornaram clássicos, enquanto outros são mais obscuros, mas ainda assim têm seus méritos. Independentemente da fama, todos esses jogos apresentam jogabilidade impecável, que colocam diante do jogador desafios absurdos e até mesmo exagerados, mas sem se tornarem frustrantes, esses games têm o grande mérito de proporcionar desafios muito elevados, mas sem se tornarem desagradáveis, atraindo e estimulando os jogadores cada vez mais, incentivando a persistência até o momento em que o desafio é superado. Para este artigo, escolhi sete jogos que, em minha opinião, apresentam de forma inequívoca desafios extremos, mas ao mesmo tempo irresistíveis.

1) Battletoads (NES)
A aventura dos sapos musculosos é um dos jogos mais cultuados da biblioteca do NES, e merecidamente, pois apresenta ótimos gráficos e música para a época, mas o principal destaque do jogo é sua dificuldade, que é assustadoramente alta, mas ainda assim irresistível, apresentando uma relativa calmaria inicial, o game em pouco tempo lança o jogador em desafios incrivelmente difíceis, que exigem muito tempo e dedicação para serem vencidos. Essa dificuldade elevada, mas ainda assim atraente, faz deste jogo um clássico!

2) Contra (NES)
Este game é famoso por colocar o jogador em meio a combates insanos, nos quais um único tiro pode arruinar todo o esforço feito para se chegar àquele ponto, contudo, ele causa no jogador a estranha vontade de jogar novamente e vencer aquele inimigo ou passar por determinado trecho da fase;  a jogabilidade perfeita de Contra alia ótimos controles, cenários muito bem elaborados, combates frenéticos e mestres desafiadores; embora as poucas vidas disponibilizadas possam ser multiplicadas através do Konami Code, isso não tira totalmente o mérito do jogador que consegue terminar Contra, este verdadeiro clássico do tiroteio!

3) Ninja Gaiden (NES)
A primeira aventura de Ryu Hayabusa no NES foi escolhida como representante da série, famosa pela elevada dificuldade em seus jogos; Ninja Gaiden apresenta ótimos gráficos, que proporcionam cutscenes cinematográficas entre as fases, somados a uma boa trilha sonora, entretanto, seu principal destaque está na jogabilidade, que apresenta a união entre inimigos numerosos e difíceis de serem derrotados, fases muito bem elaboradas e mestres que exigem muito mais que apenas o esmagamento incessante de botões para serem derrotados; o conjunto de fatores que compõem os desafios apresentados em Ninja Gaiden elevou a dificuldade quase ao máximo, fazendo deste jogo um ótimo desafio até hoje!

4) Zelda II: The Adventura of Link (NES)
A segunda aventura de Link é totalmente diferente da primeira, apresentando uma jogabilidade que mistura aspectos de jogos de ação com progressão lateral com características de RPG, trazendo desafios ao mesmo tempo interessantíssimos e quase cruéis, pois as masmorras estão repletas de inimigos que exigem estratégias próprias para serem derrotados, com destaque para os mestres, além de tais cenários serem bastante elaborados; o game exige do jogador muita habilidade e destreza nos controles para lidar com os constantes desafios. Este game é um dos mais difíceis da série The Legend of Zelda e também do NES, mas ainda assim um clássico de sua geração.

5) Gaiares (MD)
Este Shoot'em up lançado para Mega Drive em 1990 apresenta uma mecânica de jogo bastante característica, que consiste no uso de cópias das armas dos inimigos; embora a dificuldade elevada seja uma característica bastante comum de shoot'em ups, o desafio apresentado em Gaiares é particularmente difícil, pois o jogador constantemente se encontra em combates frenéticos, nos quais a desvantagem numérica e a disparidade de força entre a nave do jogador e os inimigos são evidentes, resultando em uma experiência insana, mas envolvente!

6) Phantasy Star II (MD)
O segundo game da série, lançado para Mega Drive, apresenta muitos avanços se comparado a outros RPGs lançados na mesma época, mas uma de suas principais características é a dificuldade, incrivelmente elevada desde seus primeiros momentos e bastante desafiadora até mesmo para jogadores mais experientes em RPGs, com batalhas contra inimigos bastante poderosos, que exigem não apenas habilidade, mas também inteligência e um pouco de sorte para serem derrotados; mesmo com dificuldade elevada, Phantasy Star II é um jogo cativante, que prende a atenção do jogador não apenas pela história, mas também pelo desafio!

7) Hagane (SNES)
Um excelente jogo de ação da Hudson Soft para Super Nintendo; nessa aventura estrelada pelo ninja Hagane, o desafio é uma constante, pois embora o protagonista tenha várias habilidades e poderes consideráveis, as adversidades se mostram muito além dos poderes do ninja, obrigando o jogador a compensar a diferença com sua habilidade, em fases elaboradas, nas quais obstáculos e inimigos podem destruir o personagem em poucos instantes. Uma aventura memorável!

Conclusão

A dificuldade em si faz parte do desafio de todos os games, embora ela possa ser selecionada ou esteja presente em diferentes níveis, ela sempre estará lá. Na ideia central do artigo, a dificuldade, principalmente quando ela é mais elevada em jogos melhor trabalhados, se revela atraente, mesmo sendo constantemente cruel; dentro dessa situação, a dificuldade e o desafio proporcionado se mostram não como um exercício de masoquismo, mas sim como algo a ser superado, não apenas no que diz respeito àquilo que está presente no jogo, mas também dos próprios limites de quem joga.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Kirby 64: The Crystal Shards (N64)

O jogo

Kirby 64: The Crystal Shards é um jogo de plataforma desenvolvido pela HAL Laboratory e publicado pela Nintendo; lançado em 2000 para Nintendo 64, o game é a primeira aventura de Kirby tanto no Nintendo 64 quanto em 3D. Este jogo se destaca por apresentar várias características bastante peculiares, tanto para as aventuras de Kirby quanto se comparado a outros jogos de plataforma.

História

Ripple Star é um planeta em forma de coração, habitado por fadas e lar de um grande cristal, cujo grande poder mantém a paz no planeta. Em razão de seu poder, o cristal atraiu a atenção de Dark Matter, que foi à Ripple Star para roubar o cristal e utilizá-lo para seus propósitos maléficos; no meio do caos da tentativa de roubo, a rainha de Ripple Star ordena a fada Ribbon que leve o cristal para um lugar seguro, Dark Matter percebe a retirada do cristal do planeta e passa a perseguir Ribbon; após uma curta perseguição, Dark Matter atinge Ribbon e o cristal, fazendo com que este se despedaçasse e seus fragmentos parassem em planetas diferentes, enquanto Ribbon cai inconsciente em Pop Star. Enquanto isso, Kirby está descansando quando Ribbon e um pedaço de crista caem sobre sua cabeça, Kirby se levanta e para olhar a seu redor e ver o que está acontecendo, mas logo depois é atingido por outro pedaço de cristal. Kirby se levanta novamente e vai até onde está a fada, Ribbon se levanta e percebe que o cristal que carrega tem apenas uma fração do tamanho original, e Kirby, ao avisar que encontrou outro cristal,  acaba juntando os dois pedaços de cristal, que se fundem em um cristal um pouco maior. Kirby propõe a Ribbon que eles comecem a buscar por outros pedaços de cristal antes que Dark Matter os encontre.

Gráficos

São excelentes; o visual do game é todo em 3D, trazendo um universo colorido, vivo e que está de acordo com outros jogos de Kirby; os personagens são muito bem feitos; os inimigos são bem feitos e variados, com destaque para os mestres; os cenários impressionam pela beleza, variedade e riqueza de detalhes, sendo muito bem modelados e com ótimas texturas; no início do game e entre algumas fases há ótimas animações que contam a história do jogo; a animação de personagens, inimigos e objetos do cenário flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são bastante agradáveis e cativantes, combinando muito bem com o estilo do game; a trilha sonora de Kirby 64: The Crystal Shards é uma das melhores dentre os jogos do Kirby lançados até então; os efeitos sonoros são ótimos, cumprindo muito bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Kirby 64: The Crystal Shards é interessante, pois faz uso de uma mecânica de jogos de plataforma 2D, mas em um ambiente tridimensional, enquanto mantém muitas das características dos games de plataforma de Kirby lançados anteriormente, assim como as habilidades do protagonista.
Kirby manteve todas suas habilidades vistas em jogos anteriores, mas algumas delas sofreram modificações, como a capacidade de inflar e voar, que não pode mais ser utilizada por tempo ilimitado; mas a principal alteração está na capacidade de engolir inimigos e assumir seus poderes, agora Kirby pode carregar ao mesmo tempo duas habilidades diferentes, que se combinam para dar ao personagem poderes bastante inusitados e às vezes muito fortes, também é possível combinar duas habilidades iguais, mas neste caso o poder destrutivo de tal habilidade é apenas ampliado. Em algumas fases outros personagens, como o Rei Dedede podem ajudar Kirby a superar obstáculos que o protagonista não seria capaz de vencer sozinho.
As fases são bastante variadas, tanto no que tange ao design dos cenários quanto no que diz respeito aos desafios; o design das fases é incrivelmente criativo, mesclando perfeitamente características de jogos de plataforma em 2D com o ambiente totalmente em 3D, com locais em que o personagem se movimenta plenamente pelo cenário 3D, mas controlado de forma semelhante a um jogo em 2D e isso dá ao game uma jogabilidade única; sobre os desafios presentes, eles são incrivelmente variados, muitas vezes se encontrando nas diversas seções das fases, que escondem armadilhas e segredos. A dificuldade não é alta, o que torna este jogo acessível para jogadores menos habilidosos e o progresso é salvo automaticamente.

Considerações finais

Kirby 64: The Crystal Shards é um excelente jogo, que combina ótima jogabilidade com estilo de games 2D com gráficos totalmente tridimensionais, somados a uma ótima trilha sonora; o game se revela um grande conjunto, maior que suas qualidades individuais, se tornando assim um dos jogos mais agradáveis e divertidos do Nintendo 64!

Referências

sábado, 29 de janeiro de 2011

[Lado B] Inauguração da coluna Lado B

Saudações aos leitores. Como dito no editorial do dia 1°, algumas mudanças seriam feitas no blog, mas não havia qualquer confirmação sobre quais aspectos seriam alterados, sendo que eventuais mudanças seriam feitas ao longo do mês. Pois bem, movido pelo espírito de mudança que traz consigo o desejo de diversificar a pauta de assuntos abordados, mas sem mudar o foco da proposta original do blog, anuncio a criação de uma coluna periódica, o Lado B, na qual serão abordados assuntos relacionados a games, mas de uma forma diferente da linha "oficial" do blog The Joystick Revival, trazendo sempre assuntos ligados a games, mas que jamais seriam abordados de outras formas aqui no blog.
A coluna Lado B assuntos relacionados ao universo dos games, sejam eles antigos ou novos, envolvidos com  questões culturais, legais ou políticas, experiências pessoais ou ainda relacionados a atualidades ou acontecimentos passados. A abordagem utilizada será diferente da vista nas análises de jogos, matérias sobre consoles ou artigos, com prioridade para textos mais diretos, sem muitas divisões, buscando assim apenas um único texto, em vez de pequenos textos que se interligam para formar um todo.
A despeito da maior amplitude de assuntos abordados na coluna, o blog não perderá o foco nos jogos antigos, ainda trazendo periodicamente análises de games antigos, assim como artigos e matérias sobre consoles; nesse aspecto, a coluna surge como um complemento ao conteúdo que vêm sendo publicado, trazendo à discussão assuntos relevantes, com formato próprio e que, se não fosse dessa maneira, não fariam parte da pauta de assuntos deste blog.
A coluna será publicada quinzenalmente, sempre às sextas-feiras ou sábados. Aproveito o momento para pedir a vocês, caros leitores, que acompanhem a coluna que aqui dá seus primeiros passos.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Wario Land II (GBC)

O jogo

Wario Land II é um jogo de plataforma desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 1998 para Game Boy e em 1999 para Game Boy Color, o game é ao mesmo tempo a última aventura de Wario no portátil monocromático da Nintendo e sua primeira aparição no Game Boy Color. A versão avaliada neste texto é a lançada em 1999 para Game Boy Color.

História

Buscando vingança após ter seu tesouro roubado, Captain Syrup e seu novo grupo de piratas invadem o castelo de Wario, lá eles roubam o tesouro do protagonista e causam uma série de estragos, acionando o despertador gigante e deixando a torneira aberta, fazendo com que algumas partes do castelo ficassem praticamente submersas. Agora Wario deve consertar os estragos feitos em seu castelo e perseguir os ladrões para recuperar o tesouro.

Gráficos

São ótimos; o visual geral do game é bastante colorido e animado, apresentando um universo com o mesmo nível de qualidade visto em jogos do Mario; Wario possui um bom tamanho, é bem feito e possui algum detalhamento; os inimigos são bem feitos e variados; os cenários são ótimos, muito bem feitos, detalhados e variados, retratando muito bem vários tipos de ambientes; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são muito boas, sendo bastante animadas e combinando bem com o estilo do game em seus diversos momentos; a trilha sonora de Wario Land II está de acordo com a proposta do game, variando conforme o momento não apenas nas fases, mas em todo o jogo; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Wario Land II apresenta vários elementos bastante característicos, alguns dos quais presentes no game anterior e outros novos, tornando-se assim substancialmente diferente dos jogos de plataforma de Mario e ganhando assim uma identidade própria muito interessante.
Uma característica marcante do jogo é o fato de Wario não morrer ou diminuir de tamanho quando atingido, em vez disso, ele apenas perde algumas das moedas que recolheu naquele estágio, algo que lembra um pouco Sonic. Wario possui alguns movimentos básicos, como a capacidade de destruir paredes ou alguns inimigos com seu ombro e cair no chão com força, para assim destruir objetos, mas algumas habilidades diferentes estão presentes no jogo e dependem do contexto da fase, como nos casos em que Wario precisa nadar, enquanto está na água, o protagonista pode se mover livremente, assim como aumentar sua velocidade dentro da água; outra situação em que habilidades dependem do contexto acontece quando Wario é esmagado, nesses casos, o personagem pode passar por áreas mais estreitas e planar quando pula de algum local mais alto, algo útil em certas situações.
As fases, apesar de terem objetivos principais, não são totalmente lineares ou desprovidas de atrativos adicionais, havendo nos estágios tarefas extras que podem ser cumpridas pelo jogador enquanto busca o objetivo principal, algumas dessas tarefas resultam em mini-jogos desafiadores, que premiam o jogador com tesouros; os objetivos que devem ser cumpridos em cada fase são muito diferentes entre si e incrivelmente variados, assim como os desafios enfrentados pelo jogador durante os estágios; após cada fase há um pequeno mini-jogo, no qual o jogador deve adivinhar qual número está escondido. Após uma pequena série de fases há o confronto contra um mestre. A dificuldade está no ponto certo e o progresso do jogador é salvo automaticamente.

Considerações finais

Wario Land II é um excelente jogo, apresentando ótimos gráficos e trilha sonora, mas seu principal destaque está na jogabilidade, que traz uma experiência incrivelmente criativa, que surpreende e desafia o jogador a cada estágio, com cenários bem elaborados e desafios originais, que prendem a atenção do jogador; em poucas palavras, um jogo mais que recomendado!

Referências

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Magical Drop III (Arcade)

O jogo

Magical Drop III é um jogo de quebra-cabeça desenvolvido e publicado pela Data East; lançado em 1997 para  Arcade, o game recebeu versões para Neo Geo, Neo Geo CD, Sega Saturn, PlayStation e Game Boy Color. Este game apresenta um estilo muito próximo do visto em seus antecessores, mas com adições significativas em diversos aspectos do jogo. A versão avaliada neste texto é a lançada para Arcade.

Gráficos

São ótimos; o visual do game é bastante colorido e animado, possuindo o mesmo estilo descontraído do game anterior; os personagens são muito bem feitos, aparecendo de diversas formas nas várias modalidades de jogo, mas nas partidas eles aparecem ao fundo de suas respectivas áreas de jogo, se comportando de acordo com o desempenho do jogador; as áreas de jogo são muito bem feitas e ao fundo de algumas delas há cenários espetaculares; entre algumas partidas há breves cenas estáticas, todas elas muito bem feitas; a animação do jogo flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são espetaculares e combinam muito bem com o estilo do game, sendo bastante animadas e empolgantes; a trilha sonora de Magical Drop III apresenta melhorias se comparada a do game anterior; as vozes dos personagens são ótimas, pois através delas eles expressam muito bem o desempenho do jogador; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Magical Drop III apresenta muitos elementos vistos em seus antecessores, ao mesmo tempo em que traz várias inovações em diversos aspectos do jogo, como novas modalidades, novos personagens e alguns novos elementos dentro das partidas.
A principal característica da mecânica de jogo, que é a movimentação, agrupamento e eliminação de bolinhas coloridas da área de jogo permanece inalterada, assim como a presença de peças especiais dentro da área de jogo, que geram efeitos variados nas partidas, nesse aspecto houve adições que variam de acordo com a modalidade jogada, como bolinhas que geram efeitos indiretos nas partidas ou outras peças que constituem um desafio extra dentro do jogo. As partidas continuam intensas e dinâmicas, assim como as de Magical Drop II.
Existem diversas modalidades de jogo, sendo algumas delas inéditas. Na modalidade Challenge, o jogador enfrenta outros personagens do game, em disputas de um contra um, até o momento em que se deve enfrentar os mestres dessa modalidade, que não estão entre os personagens jogáveis. Na modalidade Survival, o jogador deve permanecer o maior tempo possível nas partidas, eliminando as bolinhas que surgem  constantemente na área de jogo. Na modalidade Adventure, o personagem é inserido em um tabuleiro, o qual deve percorrer até seu final, mas aqui o progresso não é decidido através de dados, mas sim em partidas com tempo limitado, nas quais o desempenho do jogador em obter as bolas de fogo que surgem ao longo da partida determinará quantas casas serão percorridas, em algumas casas do tabuleiro existem armadilhas ou outros personagens dispostos a enfrentar o jogador, sendo a vitória algo fundamental em todos os casos. A dificuldade está no ponto certo em todas as modalidades de jogo.

Considerações finais

Magical Drop III possui avanços consideráveis se comparado a seu antecessor, apresentando ótimos gráficos, trilha sonora impecável e jogabilidade que aqui encontrou seu ápice, com diversas modalidades e desafio intenso, que proporciona ótimas horas de diversão; em suma, um título memorável!

Referências

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Zelda II: The Adventure of Link (NES)

A aventura de Link

Zelda II: The Adventure of Link é um jogo de ação e aventura desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 1987 no Japão para Famicom e em 1988 nos EUA para NES, o game é o segundo jogo da série The Legend of Zelda e sequência direta da primeira aventura. Este game apresenta diferenças radicais se comparado a seu antecessor ou outros jogos da série, tendo um estilo de jogo que mistura aspectos de games de ação side scroller com muitos elementos de jogos de RPG.

História

Este jogo se passa após os eventos de The Legend of Zelda. Muitos anos após derrotar Ganon e salvar Hyrule, Link, agora com dezesseis anos, nota uma estranha marca nas costas de sua mão esquerda, marca esta que possui o formato do símbolo oficial de Hyrule; ele procura Impa, que o leva para o Castelo do Norte; lá, Impa mostra a Link uma porta selada há gerações e coloca a mão esquerda de Link sobre a porta, a porta se abre e dentro do quarto há uma moça dormindo profundamente, Impa revela que a moça na verdade é Zelda, uma antiga princesa de Hyrule há muitos anos, que foi enfeitiçada por um bruxo a mando de seu irmão após não lhe revelar o segredo da Triforce. Impa revela a Link que a marca em sua mão esquerda significa que ele é o escolhido para quebrar o feitiço e despertar a princesa, mas para isso ele deve encontrar a Triforce da coragem, que deve ser combinada com as outras duas partes do símbolo sagrado para despertar a princesa. Enquanto isso, os seguidores de Ganon estão atrás de Link para matá-lo, e assim ressuscitar seu mestre.

Gráficos

São excelentes para os padrões do NES; o visual geral do game é muito bom, apresentando um mundo vasto e criativo, que se divide em duas espécies de ambientes: o mapa mais amplo, com a câmera posicionada no alto e as áreas específicas, nas quais a câmera assume uma posição típica de jogos side scroller; Link é bastante diminuto e simples no mapa, mas quando entra em cidades ou outros cenários, ele se torna maior e mais detalhado, tendo um bom tamanho; os habitantes das cidades são bem feitos, mas não muito variados; os cenários impressionam pela beleza variedade e riqueza de detalhes, apresentando ambientes como: cidades, florestas, cavernas e masmorras, todos eles muito bem feitos; os inimigos são bem feitos e variados, sendo alguns deles maiores e mais detalhados, com destaque para os mestres; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são ótimas, variando de acordo com o ambiente, sendo mais agradáveis nas cidades e no mapa, e mais empolgantes em masmorras e cenários semelhantes; a trilha sonora de Zelda II: The Adventure of Link possui muitas músicas memoráveis, que ajudam significativamente a compor uma experiência ainda mais envolvente.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Zelda II: The Adventure of Link é totalmente diferente não apenas da jogabilidade de The Legend of Zelda, mas também do visto em toda a série, apresentando uma mecânica de jogo que mistura características de jogos de ação side scroller com muitos elementos de RPG e mais algumas características únicas.
Muitos cenários como cidades, cavernas, masmorras e outros, apresentam um estilo e jogabilidade em 2D com progressão lateral, os quais Link pode explorar ou interagir com os diversos elementos ali presentes; nas cidades, Link pode conversar com os habitantes para obter informações, entrar nas casas ou realizar outras tarefas; nas masmorras e afins, o protagonista pode lutar contra inimigos e recolher itens, imprescindíveis ou não para o progresso no jogo. No mapa, Link pode se deslocar pelo mundo, viajando entre diversas localidades e passando pelos mais variados ambientes, como desertos, florestas, pântanos e montanhas, enquanto está no mapa, inimigos podem surgir e iniciar batalhas, nesses combates o cenário passa para o sistema side scroller e nele Link deve destruir todos os inimigos ou fugir para retornar ao mapa.
Dentro dos cenários, como dito anteriormente, o game assume um estilo semelhante ao de jogos de ação com progressão lateral, e principalmente dentro das masmorras, Link deverá enfrentar grandes quantidades de inimigos, podendo pular, se movimentar livremente e atacar, fazendo uso principalmente de sua espada e escudo, em combates dinâmicos e intensos, nos quais o jogador pode acabar derrotado após algum eventual descuido. Algumas características únicas deste jogo são a possibilidade de Link pular normalmente, sem o uso de itens e o sistema de vidas extras, sendo essa última característica algo totalmente incomum dentro da série.
No que diz respeito às características de RPG presentes no jogo, se destacam o amplo mapa que pode ser explorado, as batalhas aleatórias que nele surgem, o sistema de níveis presente no jogo, através do qual é possível aumentar o poder de ataque, a resistência e os poderes mágicos de Link. Também faz parte do jogo o aprimoramento constante do personagem por meio de novos golpes e feitiços que podem ser aprendidos ao longo da aventura, assim como a obtenção de novas armas e itens que permitem explorar novas áreas. A dificuldade é assustadoramente alta, o game exige do jogador muita habilidade para enfrentar inimigos e superar obstáculos, sendo a persistência fundamental para o jogador. O progresso ao longo do jogo pode ser salvo.

Considerações finais

Embora destoe radicalmente do restante da série e divida opiniões entre os fãs, Zelda II: The Adventure of Link é um ótimo jogo, pois apresenta ótimos gráficos e trilha sonora para os padrões do NES, porém, seu maior destaque está na jogabilidade que possui um estilo único e apresenta um desafio extremo; em suma, um jogo que, por diversos motivos, marcou época e merece ser chamado de clássico!

Referências

domingo, 23 de janeiro de 2011

Street Fighter II (SNES)

A série

Street Fighter é uma série de jogos de luta desenvolvida e publicada pela Capcom; a franquia teve início em 1987 com o jogo de mesmo nome lançado para Arcade e que recebeu versões para alguns consoles domésticos, entretanto, a série ganhou notoriedade após o segundo game, que fez importantes mudanças e aprimoramentos no estilo do primeiro game, criando assim uma mecânica de jogo que se tornou referência para o gênero. A série teve inúmeros jogos lançados tanto para Arcade quanto para consoles domésticos ao longo dos anos, recebendo novos títulos até hoje. A franquia foi uma das responsáveis pelo boom dos jogos de luta na década de 1990, estabelecendo diversas características presentes em outros games do gênero.

O início da pancadaria moderna

Street Fighter II é um jogo de luta desenvolvido e publicado pela Capcom; lançado em 1991 para Arcade, o game recebeu novas versões também para Arcade nos anos seguintes, versões estas que traziam aprimoramentos em diversos aspectos e novos personagens; também foram lançadas inúmeras versões para consoles domésticos e portáteis ao longo dos anos, sendo o Mega Drive e o Super Nintendo duas das plataformas que receberam as conversões mais conhecidas do jogo de Arcade. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo em 1992.

Gráficos

São ótimos; o visual geral do game é muito bom, trazendo para o SNES uma ótima adaptação dos gráficos da versão de Arcade; os personagens possuem um bom tamanho, são bem feitos e detalhados; os cenários são ótimos, muito bem feitos diversificados e detalhados, retratando muito bem diversos ambientes; alguns poderes utilizados pelos personagens durante as lutas são muito bem feitos; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são espetaculares, sendo bastante empolgantes, combinando muito bem com a atmosfera das lutas e variando de acordo com o cenário; a trilha sonora de Street Fighter II é uma das mais memoráveis de sua época, pois contribui significativamente para a criação de uma experiência de jogo única; as vozes dos personagens são muito boas e os efeitos sonoros são ótimos, cumprindo muito bem seus papéis.

Jogabilidade

Perfeita, com excelentes controles; a jogabilidade de Street Fighter II é um divisor de águas dentro do gênero Jogos de Luta, apresentando muitas das características que se tornaram inerentes a jogos de luta em 2D, estabelecendo um referencial para o gênero no que diz respeito tanto à jogabilidade quanto no que concerne a qualidade dos jogos.
Um dos principais elementos trazidos por Street Fighter II foi o sistema de golpes e técnicas especiais, o jogador tem a sua disposição um direcional, com o qual é possível movimentar o personagem pelo cenário, fazê-lo pular ou se agachar, além de seis botões de ação, sendo três para socos e três para chutes, cada um com um nível de força próprio; quanto aos movimentos especiais, cada personagem possui uma variedade de técnicas especiais, utilizadas através de comandos elaborados, alguns dos quais foram imortalizados não apenas na série, mas também na cultura gamer. As lutas seguem o padrão estabelecido no primeiro Street Fighter, os lutadores se enfrentam em ao menos dois rounds, até que a barra de energia de um dos lutadores se esvazie em cada combate, não havendo vencedor nessas duas lutas, rounds adicionais são realizados até que haja um vencedor.
Outra característica marcante e que se faz presente não apenas na série, mas em outros games de luta, é a possibilidade de o jogador escolher qual personagem controlar; diferentemente do primeiro Street Fighter, onde não havia essa possibilidade, contudo, alguns personagens presentes no jogo não estão disponíveis para o jogador, sendo estes controlados pelo jogador nas lutas finais.
Entre algumas lutas há desafios paralelos, que consistem na destruição de objetos dentro de um tempo limitado. Existe também uma modalidade para dois jogadores, modo de jogo este que ajudou a consolidar o sucesso do game, que é um dos Best-Sellers da Capcom.

As versões

Nos anos seguintes ao lançamento de Street Fighter II, a Capcom lançou inúmeras versões do game, com aprimoramentos nos gráficos, som, jogabilidade e novos personagens, tanto para Arcade quanto para consoles domésticos; independentemente da quantidade de versões lançadas pela Capcom ao longo dos anos, vou me ater apenas as versões lançadas para Super Nintendo.

1) Super Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting
Capa de Super Street Fighter II Turbo

Esta versão de Street Fighter II lançada em 1993 se diferencia do game original por trazer os quatro personagens finais: Balrog, Vega, Sagat e M.Bison como personagens jogáveis, além de novos esquemas de cores para as roupas dos personagens, mas sua principal característica é a possibilidade de aumentar a velocidade do jogo, o que torna os combates mais dinâmicos e intensos.

2) Super Street Fighter II
Capa de Super Street Fighter II

Esta versão de Street Fighter II lançada em 1994 traz importantes mudanças e adições, como o aprimoramento dos gráficos, que agora estão mais detalhados, além do novo desenho dos personagens na tela de seleção; houve ainda a adição de novos personagens: Cammy, T.Hawk, Deejay e Fei Long. Além disso, foram adicionados novos modos de jogo, como um sistema de campeonatos com múltiplos participantes.

O legado

A série Street Fighter deixou um legado muito interessante, não apenas dentro da Capcom, mas também no mundo dos games, pois seu sucesso após o segundo game foi um dos principais responsáveis pelo boom dos jogos de luta na década de 1990; dentro da Capcom ela teve uma importância particular, pois se tornou uma de suas principais franquias, recebendo novos jogos até a atual geração de consoles. Além disso, o universo da série já foi retratado em histórias em quadrinhos, animações e filmes com atores.

Considerações finais

A versão de Street Fighter II lançada para Super Nintendo é sem dúvida um excelente jogo, sendo uma ótima conversão do game original lançado para Arcade, aproveitando todas as capacidades do console da Nintendo, fora isso, o game é espetacular, sendo seu principal destaque a jogabilidade perfeita, que em conjunto com os ótimos gráficos e trilha sonora, compõem um jogo que continua incrivelmente divertido e desafiador até hoje; a soma das qualidade faz de Street Fighter II um clássico incontestável!

Referências

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ToeJam & Earl in Panic on Funkotron (MD)

Pânico em Funkotron

ToeJam & Earl in Panic on Funkotron é um jogo de plataforma desenvolvido pela Johnson Voorsanger Productions e publicado pela Sega; lançado em 1993 para Mega Drive, o game é a sequência direta de ToeJam & Earl, lançado em 1991 para Mega Drive. Este jogo possui várias diferenças se comparado ao seu antecessor, apresentando um estilo totalmente distinto, principalmente na jogabilidade.

História

Este jogo tem início no ponto em que o anterior terminou. Após conseguirem retornar a seu planeta natal após o acidente na Terra, ToeJam e Earl descobrem que alguns terráqueos vieram escondidos  na nave da dupla e começaram a espalhar o caos por Funkotron. Agora os dois alienígenas devem capturar os humanos e enviá-los de volta à Terra para assim salvar seu planeta dessa espécie inconveniente.

Gráficos

São ótimos; o visual geral do game é muito bem feito e colorido, apresentando um universo vivo e animado; os personagens mantiveram o mesmo estilo, mas agora eles estão maiores e mais detalhados; os outros personagens que aparecem ao longo do jogo são bem feitos e variados; os terráqueos são bem feitos e detalhados, mas não muito variados entre si; os cenários impressionam pela beleza, variedade e riqueza de detalhes; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; a trilha sonora de ToeJam & Earl in Panic on Funkotron segue o mesmo estilo da de seu antecessor, com músicas que misturam Rap e Jazz-Funk, em composições bastante animadas e que combinam muito bem com o jogo; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis e combinando com o estilo do game.

Jogabilidade

Ótima, com bons controles; a jogabilidade de ToeJam & Earl in Panic on Funkotron apresenta um estilo totalmente diferente do visto em ToeJam & Earl, fazendo uso agora de uma jogabilidade de plataforma com progressão lateral, muito diferente da mecânica de jogo com a câmera posicionada no alto vista no game anterior.
Este jogo, como dito anteriormente, adota um estilo muito diferente do visto em seu antecessor, apresentando uma jogabilidade com progressão lateral; dentro do jogo, ToeJam e Earl deverão capturar os humanos que vieram a Funkotron e enviá-los de volta para a Terra, para cumprir essa tarefa, os protagonistas utilizam potes especiais, capazes de aprisionar os humanos, além disso, também está disponível um movimento especial, no qual o personagem controlado pelo jogador lança potes para todos os lados.
Para encontrar os humanos que estão infernizando a vida dos habitantes de Funkotron, os personagens deverão explorar minuciosamente todos os cenários, balançando árvores, revirando arbustos e vasculhando todos os cantos do planeta; os terráqueos são bastante hostis e podem atacar os personagens de diversas formas, algo que dificulta a tarefa de capturar os intrusos.
As fases são bastante variadas, não apenas na questão estética, mas também no que diz respeito ao desafio, pois os terráqueos não são os únicos desafios que o jogador enfrenta ao longo do jogo, havendo também muitos obstáculos e armadilhas; outra característica presente é a grande quantidade de itens com os quais o jogador pode interagir, como placas com botões, que podem gerar diversos efeitos, parquímetros, que podem dar itens ou abrir passagens para fases-bônus, ou portas, que podem levar o personagem instantaneamente para outro ponto do cenário.
O game pode ser jogado por uma pessoa, que pode assumir o controle de ToeJam ou Earl, sendo essa escolha algo que depende exclusivamente da preferência do jogador, pois ambos os personagens são controlados da mesma forma, ou por dois jogadores em modo cooperativo, trabalhando ao mesmo tempo na tarefa de livrar o planeta dos intrusos. A dificuldade está no ponto certo e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

Apesar de não ser tão genial quanto seu antecessor, ToeJam & Earl in Panic on Funkotron é um ótimo jogo, pois apresenta ótimos gráficos, trilha sonora memorável e jogabilidade marcante, que tem seus méritos na variedade e no desafio proporcionado; a soma de virtudes faz deste jogo uma boa opção dentro da biblioteca do Mega Drive!

Referências

domingo, 16 de janeiro de 2011

F1 Spirit (MSX)

Alta velocidade

F1 Spirit é um jogo de corrida desenvolvido e publicado pela Konami; lançado em 1987 para MSX, o game é um jogo de corrida com um estilo mais técnico na jogabilidade, apresentando carros ajustáveis em diversos aspectos e pilotagem que exige habilidade do jogador.

História (?)

Não há um enredo de fato. O jogador deve chegar à Fórmula 1, a maior de todas as categorias do automobilismo, mas antes disso, deve passar pelas mais variadas espécies de corridas, como campeonatos de Rally, Stock Car, Fórmula 3, dentre outros.

Gráficos

São muito bons; o visual geral do game é simples, mas muito bem feito e colorido; os carros são pequenos, mas bem feitos, embora não sejam muito variados entre si nas corridas, diferenciando-se somente quando o jogador muda de modalidade, mas em alguns momentos eles são retratados em tamanhos maiores e com mais detalhes; os cenários são muito bons, bastante variados, principalmente entre modalidades distintas; a sensação de velocidade proporcionada pelo jogo é muito boa.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo impressionam pela qualidade, sendo bastante empolgantes durante as corridas e mais calmas em outros momentos; a trilha sonora de F1 Spirit é muito boa, apresentando músicas de qualidade em todos os momentos do game; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com bons controles; a jogabilidade de F1 Spirit é bastante variada, pois apresenta diversas modalidades de corridas, cada uma com um tipo de carro e outras características próprias. Antes de chegar à Fórmula 1, o jogador deve passar por várias outras categorias do automobilismo, como a Fórmula 3, Stock Car e campeonato de Rally, sendo essas três modalidades as primeiras disponíveis, com outras categorias sendo liberadas conforme o progresso do jogador.
Em todas as modalidades, o jogador pode optar por escolher um carro pronto ou montar um veículo, escolhendo a configuração de diversos aspectos do carro, como motor, carroceria, freios, suspensão e câmbio, todas essas partes influenciam no comportamento do veículo na pista. Os carros podem sofrer danos  em colisões ao longo da corrida e isso pode afetar negativamente a pilotagem.
Nas corridas de Stock Car, o carro controlado pelo jogador é rápido e tem boa dirigibilidade; as corridas exigem do jogador não apenas habilidade no manejo do veículo, mas também alguma agressividade, pois elas  não são muito longas e há uma quantidade considerável de carros competindo.
Nas corridas de Rally, os carros correm por trajetos com características bastante variadas, combinando trechos de asfalto com estradas de terra, o controle dos carros se torna mais difícil, pois eles tendem a escorregar um pouco, principalmente nas curvas, essa característica torna essa modalidade exigente, apesar dos carros não serem os mais rápidos do jogo.
Na Fórmula 3, os carros são mais rápidos que nas corridas de Stock Car e Rally, a maior velocidade constitui um elemento interessante no desafio da categoria, pois o jogador deve atentar para as curvas, especialmente as mais fechadas, que se tornam particularmente desafiadoras em velocidades mais altas.
A dificuldade varia de acordo com a modalidade, mas em todas elas é necessária a persistência do jogador para memorizar as peculiaridades de cada pista e dominar os aspectos particulares da pilotagem de cada carro.

Considerações finais

F1 Spirit é um ótimo jogo, pois apresenta um excelente desafio, bastante variado e exigente, que prende a atenção do jogador com um estilo mais técnico, que recompensa os jogadores mais persistentes; um título memorável, sem dúvida!

Referências

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bomberman (NES)

A série

Bomberman é uma série de jogos de ação baseados em labirintos desenvolvida pela Hudson Soft; a franquia teve início em 1983 com o jogo homônimo lançado para diversas plataformas e que vem recebendo novos jogos até os dias de hoje. Até o presente momento, a série já recebeu dezenas de jogos, para várias plataformas e com as mais variadas características ao longo dos anos. A franquia é conhecida por sua jogabilidade primorosa em modos para vários jogadores.

As primeiras explosões

Bomberman é um jogo de ação baseado em labirintos desenvolvido e publicado pela Hudson Soft; lançado em 1983 para os computadores MSX, ZX Spectrum, FM-7, NEC PC 6001 e 8001 e Sharp MZ-700, em 1985 para Famicom, em 1987 para NES e em 2004 para Game Boy Advance e Nokia N-Gage. O game dá início à série de mesmo nome, trazendo algumas de suas características que estão presentes até hoje. A versão avaliada neste texto é a lançada para Famicom em 1985 e para NES em 1987.

História

O personagem que dá nome ao jogo, Bomberman, é um robô que deseja se livrar de seu trabalho em uma fábrica subterrânea de bombas após ouvir um rumor de que os robôs que conseguiam chegar à superfície se tornavam humanos, mas para isso ele precisa passar por diversos labirintos, repletos de obstáculos e inimigos, fazendo uso de bombas para abrir caminhos e neutralizar as ameaças.

Gráficos

São bons; o visual geral do game é simples, mas colorido e animado; o personagem principal é pequeno e simples, mas bem feito; os cenários não são muito variados, mas a disposição dos obstáculos e inimigos muda constantemente entre as fases; os inimigos são simples, mas bem feitos e variados; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes no jogo são muito boas, combinando com o estilo do game; a trilha sonora de Bomberman possui alguma variedade, apresentando músicas mais simples e outras mais elaboradas, mas todas elas se revelam bastante adequadas ao jogo; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis, com destaque para as explosões.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Bomberman é bastante simples, mas muito interessante, fundamentando-se na estratégia no uso, pelo jogador, de diversos elementos a seu favor. A mecânica de jogo apresentada neste game serviu de base para a jogabilidade de toda a série, apresentando alguns dos principais elementos e várias das principais características, não apenas da jogabilidade, mas de todo o estilo da franquia.
A jogabilidade é toda fundamentada no uso de bombas, sendo elas o principal elemento controlado pelo jogador; as bombas podem ser utilizadas para abrir caminho e destruir inimigos, havendo a possibilidade de se alterar vários de seus aspectos através de power-ups, que afetam o alcance da explosão, a quantidade de bombas que podem ser deixadas pelo cenário ao mesmo tempo ou o controle da detonação, que normalmente se dá alguns segundos após o posicionamento do explosivo, mas há um item que permite ao jogador controlar o momento da detonação; todas essas características devem ser levadas em consideração pelo jogador durante as partidas, pois as bombas também são capazes de destruir o protagonista. O jogo possui um componente estratégico muito interessante, composto de todos os aspectos envolvendo as bombas, do uso feito delas e dos diversos elementos presentes em cada fase, o que obriga o jogador a pensar constantemente na melhor forma de lidar com a situação.
O objetivo de cada fase é eliminar todos os inimigos presentes no cenário e encontrar a porta de saída dentro de um tempo limite estabelecido, caso o jogador não cumpra seus objetivos a tempo, uma nova leva de inimigos surge no cenário; novos inimigos também podem surgir quando a explosão de uma bomba atinge a porta de saída revelada. A dificuldade está no ponto certo e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

O legado


Bomberman não deu início apenas a uma série de jogos, mas também a todo um universo, com personagens e ambientes próprios, que em razão de seu carisma e da qualidade dos jogos, está entre algumas das mais longevas franquias de games.

Considerações finais


Bomberman marca o início da série de mesmo nome, com um jogo simples, mas muito bem feito, cujo principal destaque é a jogabilidade cativante e desafiadora, que faz uso de uma fórmula simples, mas que se revela divertida até hoje; a soma de todas as qualidades faz deste game um verdadeiro clássico!

Referências


MobyGames http://www.mobygames.com/game/nes/bomberman-
Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Bomberman_(video_game)
Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Bomberman

domingo, 9 de janeiro de 2011

Phalanx (SNES)

Combates em planetas distantes

Phalanx é um shoot'em up desenvolvido pela ZOOM Inc. e pela Kemco e publicado por esta; lançado em 1990 para o computador Sharp X68000, o game recebeu versões para Super Nintendo em 1991 e para Game Boy Advance em 2001. O game em si é um shoot'em um horizontal que apresenta características tradicionais a outros jogos do gênero em conjunto com algumas novidades. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo em 1991.

História

No ano de 2279. um projeto de pesquisa interplanetário é enviado para as profundezas do espaço; um grupo de pesquisadores aterrissa e coloniza parcialmente o planeta Delia. Entretanto, uma estranha mensagem é recebida pela força de segurança que orbita o planeta, a mensagem faz referência a um estranho vazamento. As naves de combate que estavam no planeta são assumidas por um estanho grupo de alienígenas, cuja origem é desconhecida, em pouco tempo os alienígenas se mostraram hostis e passaram a ser uma ameaça. O jogador assume o papel de Wink Baufield, um piloto designado para investigar os estranhos acontecimentos ocorridos no planeta Dalia.

Gráficos

São ótimos; o visual geral do game é muito bom, sendo bastante limpo; a nave controlada pelo jogador é pequena, mas bem feita; as naves inimigas são bastante variadas entre si, sendo as maiores e os mestres das fases muito bem feitas e detalhadas; os cenários são ótimos, muito bem feitos, detalhados e diversificados, apresentando uma boa variedade de ambientes; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo têm boa qualidade e combinam bem com o estilo do game; a trilha sonora de Phalanx é variada, com músicas empolgantes e outras mais calmas, sendo estas bastante agradáveis; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com bons controles; a jogabilidade de Phalanx apresenta, ao mesmo tempo, elementos tradicionais de seu gênero e novidades, que tornam a experiência de jogo mais interessante e impedem que o game seja mais um dentre tantos jogos, dando-lhe uma identidade própria.
A nave controlada pelo jogador se movimenta de maneira suave pelo cenário, dispondo de um sistema de ajuste de velocidade que pode ser controlado pelo jogador; o sistema de armas conta com um canhão básico , que faz disparos em sequência, mas ao longo do jogo surgem diversas armas, com poder de destruição e efeitos variados entre si, o jogador pode armazenar várias dessas armas ao mesmo tempo, selecionando aquela que será utilizada com um botão, com essas armas é possível ainda realizar um ataque especial, porém, ele leva à perda do armamento equipado, a nave ainda conta com mísseis, que têm poder destrutivo considerável, mas que vêm em quantidade limitada; com exceção dos mísseis, todas as armas podem ser aprimoradas através dos power-ups presentes nas fases. Uma característica interessante deste jogo é a barra de energia da nave, diferentemente de outros shoot'em ups, onde basta um tiro para que a nave do jogador seja destruída, em Phalanx a nave pode suportar vários tiros antes de ser destruída, demonstrando sua condição através de uma barra de energia na parte inferior da tela.
As fases são bastante variadas entre si no que diz respeito ao desafio apresentado, não se limitando a lançar contra o jogador sucessivas esquadras de naves inimigas, os estágios apresentam diversos obstáculos e características peculiares que tornam o desafio muito interessante e impede que o jogo se torne repetitivo, sempre exigindo a atenção do jogador. A dificuldade pode ser selecionada, algo que contribui para tornar o desafio atraente para jogadores com diferentes níveis de habilidade.

Considerações finais

Apesar da capa notória pela estranha imagem na versão americana, Phalanx é um ótimo jogo, apresentando ótimos gráficos, trilha sonora agradável e jogabilidade variada, que garante constantemente um ótimo desafio; a soma de todas as qualidades faz deste jogo uma ótima opção dentre os shoot'em up lançados para o Super Nintendo!

Referências