terça-feira, 30 de novembro de 2010

Entre o bom humor e a insanidade

Introdução

Saudações aos leitores. Para o artigo deste mês que se encerra, decidi abordar um tema interessante, fruto de minhas experiências com alguns games bastante característicos e também para cumprir um dos objetivos que estabeleci para este blog. Sem mais delongas, o tema do artigo deste mês são jogos que, ao fazer uso de um humor mais inclinado ao surreal, ao nonsense ou ao completo absurdo, adquiriram um estilo insano, que fez de alguns desses games verdadeiros clássicos ou os transformou em títulos Cult. Como dito anteriormente, o cumprimento de uma das propostas originais deste blog, que é resgatar algumas bizarrices do passado, teve sua parcela de contribuição para a elaboração deste artigo.

Maluquices em doses crescentes

Alguns jogos são memoráveis pela jogabilidade inovadora, outros pelos gráficos magníficos ou pelas trilhas sonoras orquestradas, mas alguns games conquistaram o público ou tornaram-se Cult pelo estilo, representado pelo humor, quer seja irreverente por natureza, pelo nonsense representado por exageros e apelos ao ridículo ou ainda pelo completamente insano, marcado pelo uso intenso do absurdo em muitos momentos e pelo exagero sem limites; todas essas formas de humor carregam alguma maluquice em maior ou menor grau, dando aos games estilos característicos que os consolidaram como clássicos pelo grande público ou entre pequenos grupos, que cultuam tais jogos pela criatividade e pela diversão proporcionada além do joystick. A seguir, vou abordar alguns games escolhidos pelo bom humor, apelo ao nonsense ou ainda pela insanidade; algumas séries também serão avaliadas no que diz respeito ao humor presente no game escolhido para este artigo. Quase todos os jogos que serão apresentados em algum momento receberam textos exclusivamente sobre eles aqui no blog.

1) Mischief Makers
Capa de Mischief Makers

Neste jogo, a Ultra-Intergalactic-Cybot G Marina Liteyears, uma empregada robô, deve resgatar seu chefe, o auto proclamado gênio da robótica Professor Theo. Aqui o humor não está na estética de anime do game, ou somente na jogabilidade baseada nos movimentos de agitar e arremessar, mas sim nas situações colocadas diante do jogador, que testemunha os problemas de Marina e a forma como ela lida com eles. Fora isso, o game apresenta um desafio bastante sólido e interessante, que encontra a excelência na simplicidade.

2) Captain Tomaday (Arcade)
Tela inicial de Captain Tomaday

Este jogo coloca o jogador no controle de Captain Tomaday, um tomate que adquire super poderes após cair em uma solução química, o inesperado herói movido por algum senso de dever parte para enfrentar invasores alienígenas; a aventura do tomatinho, por mais sem propósito que pareça, se revela incrivelmente interessante e divertida, pois a forma como o jogo apresenta essa história e a jogabilidade constroem um jogo bastante desafiador e agradável, que conquista não apenas pelo visual ou pelo humor, mas também pela ótima jogabilidade.

3) Bakuretsu Muteki Bangai-O
Capa de Bakuretsu Muteki Bangai-O

Neste jogo, os irmãos Riku e Mami controlam o robô Bangai-O, em uma luta contra a Gangue Cosmo; durante a aventura, o jogador poderá não apenas destruir tudo ao seu redor, mas fazer isso de formas espetaculares, disparando para todos os lados e em situações que aumentam ainda mais o caos; embora seja divertido destruir, o principal apelo humorístico do game está na estética, com destaque para as imagens que aparecem em diversos momentos, em especial aquela que é exibida no momento em que o jogador decide continuar após o game over. Essa imagem ilustrou o editorial do mês de abril.

4) Earthworm Jim (SNES)
Capa de Earthworm Jim

Sobre Earthworm Jim, tanto o primeiro quanto o segundo jogo, apresentam uma estética e humor surrealistas, que fazem uso de elementos incomuns por natureza, de realocação de objetos em contextos muito diferentes dos habituais, fora o visual muito bem trabalhado visando criar um estilo nonsense. Além do estilo pouco habitual, ambos os jogos possuem jogabilidades primorosas, que apresentam desafios bastante variados e interessantes, colocando o jogador em situações pouco comuns e que exigem destreza e habilidade.

5) Parodius
Capa de Parodius Da! para Super Nintendo

Esta série de jogos é notória pelo uso de um humor que, não raro, chega ao absurdo, ao completamente insano, ao utilizar alguns personagens da Konami, colocando-os em situações totalmente incomuns e insanas, fazendo uso de excelentes gráficos para criar personagens e cenários completamente incomuns e bizarros, somados a uma trilha sonora que utiliza constantemente música clássica, mas com uma levada absolutamente louca, os games da série criam um verdadeiro espetáculo. Em relação à jogabilidade, o jogo se revela incrivelmente sério, ao fazer uso de uma mecânica de jogo excelente e exigindo do jogador o máximo.

Menção honrosa (?): Cho Aniki Bakuretsu Rantouden (SNES)
Capa de Cho Aniki Bakuretsu Rantouden

Como o objetivo deste artigo é resgatar algumas bizarrices do passado, no momento em que pensava nos jogos que seriam abordados, me lembrei deste, pois há alguns meses havia ouvido falar na série, que originalmente é de shoot'em ups, mas que tinha um jogo de luta, lançado para Super Famicom. Este jogo, assim como a série do qual faz parte, leva o absurdo às últimas consequências, apresentando personagens e cenários absolutamente incomuns e bizarros.

Conclusão

Neste artigo busquei discorrer um pouco sobre alguns jogos e séries mais inclinados ao nonsense e ao absurdo, apresentando algumas características que diferenciavam esses games dentre tantos e lhes davam personalidades próprias. Muitos desses jogos, como mencionado anteriormente, foram avaliados aqui no blog, mas mesmo aqueles que ainda não foram analisados já tive a oportunidade de jogar em algum momento.

Referências


Hardcore Gaming 101 http://www.hardcoregaming101.net/bangaio/bangaio.htm
Hardcore Gaming 101 http://www.hardcoregaming101.net/choaniki/choaniki2.htm
Hardcore Gaming 101 http://www.hardcoregaming101.net/earthwormjim/earthwormjim.htm
Hardcore Gaming 101 http://www.hardcoregaming101.net/mischiefmakers/mischiefmakers.htm
Hardcore Gaming 101 http://www.hardcoregaming101.net/parodius/parodius.htm
The Joystick Revival http://thejoystickrevival.blogspot.com/2010/07/captain-tomaday-arcade.html

Eight Man (Arcade)

O jogo

Eight Man é um jogo de ação desenvolvido e publicado pela SNK; lançado em 1991 tanto para Neo Geo AES quanto para a plataforma de Arcade MVS, o game é inspirado no mangá e anime da década de 1960 que leva o mesmo nome, aproveitando o resgate do personagem no início da década de 1990.

História

Após ser assassinado, o corpo do detetive Yokoda é levado pelo Dr. Tani para seu laboratório, lá o cientista submete o corpo a uma experiência de transferência de força vital de um corpo humano para um andróide, o experimento, que já havia fracassado nas sete tentativas anteriores, dessa vez é bem sucedido. O detetive Yokoda renasce como o andróide Eight Man, agora dono de um corpo incrivelmente resistente, capaz de correr a velocidades sobre-humanas, além de assumir a aparência de outras pessoas. Com essas habilidades, Eight Man passa a combater o crime.
Comentário: Essa história é a do personagem e presumo que seja a mesma do game, faço essa suposição pois a quantidade de informações sobre o jogo (pelo menos em português e inglês) é escassa e por isso alguns dados podem não estar 100% corretos.

Gráficos

São muito bons; o visual geral do game é muito bom, com personagens grandes e com cores vivas; o personagem principal é grande, bem feito e detalhado; os inimigos também são grandes, bem feitos e detalhados, embora não sejam muito variados; os cenários são ótimos, muito bem feitos, diversificados e detalhados; a animação do jogo flui muito bem, principalmente nas fases em alta velocidade.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes neste jogo são ótimas, combinando bem com diversos momentos dentro do game, sendo incrivelmente empolgante em várias fases e mais sombrias nos momentos finais; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Muito boa, com bons controles; a jogabilidade de Eight Man é simples e direta, com o protagonista devendo passar por fases com progressão lateral, lutando contra exércitos de inimigos e superando vários obstáculos, para ao final enfrentar um mestre; por mais simples e comum que possa parecer essa fórmula, o game traz algumas características próprias que tornam a experiência mais interessante.
Em relação às fases, elas são simples e lineares, com o jogador devendo derrotar exércitos de inimigos e superar armadilhas, para ao final enfrentar um inimigo mais forte; as fases estão divididas em áreas, cada uma com suas características e mecânicas de jogo próprias, em alguns estágios, a progressão é constante e em alta velocidade, nessas fases Eight Man deve enfrentar inimigos que vêm de todas as direções e em diferentes velocidades, em outras, a progressão do personagem é controlada pelo jogador. Após algumas fases surge um aviso que antecede a aparição do mestre.
Sobre as habilidades de Eight Man, ele pode correr em alta velocidade e atacar os inimigos com poderosos socos e chutes, ele também possui um ataque especial que atinge todos os inimigos na tela, mas este possui uso limitado. A dificuldade está no ponto certo.

Considerações finais

Eight Man não é um daqueles jogos que podem ser chamados de clássicos ou que marcou a história das plataformas para que foi lançado por alguma característica revolucionária, mas nem por isso ele pode ser classificado como "lixo", pois consegue proporcionar bons momentos de diversão; em suma, o game é bom, apenas isso.

Referências

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Super Mario Land 2: 6 Golden Coins (GB)

O jogo

Super Mario Land 2: 6 Golden Coins é um jogo de plataforma desenvolvido e publicado pela Nintendo; lançado em 1992 para Game Boy, o game é a sequência de Super Mario Land, apresentando muitas das características clássicas dos jogos do encanador, ao mesmo tempo em que faz adições interessantes na jogabilidade.

História

Enquanto Mario estava em Sarassaland, em uma aventura para resgatar a princesa Daisy das garras de Tatanga, Wario lançou um feitiço sobre os habitantes da ilha de Mario, Mario Land, para que estes se tornassem leais ao ganancioso rival do encanador e rebatizou a ilha como Wario Land; Wario se trancou no castelo, removendo as seis moedas douradas que estavam na porta e que serviam como chave, espalhando-as pela ilha; ao retornar, Mario se deparou com a situação e decidiu ir atrás das seis moedas douradas para entrar no castelo, expulsar o invasor e restaurar a ordem.

Gráficos

São excelentes para os padrões do Game Boy; o visual deste jogo tem um estilo mais próximo de Super Mario Bros. 3 e Super Mario World, diferentemente de seu antecessor, inspirado no Super Mario Bros. original; Mario está maior e mais detalhado, contando com um visual mais próximo do visto em sua aventura no Super Nintendo; os inimigos também estão maiores e mais detalhados; os cenários são muito bem feitos, variados e detalhados, retratando diversos ambientes; entre as fases há um mapa, pelo qual o jogador pode escolher quais estágios visitar; a animação do jogo flui muito bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são ótimas, sendo muito bonitas e cativantes, combinando bem com o estilo do game e contribuindo para melhorar a experiência como um todo; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Super Mario Land 2: 6 Golden Coins é, assim como os gráficos, mais próxima do visto em Super Mario Bros. 3 e Super Mario World, apresentando uma jogabilidade mais complexa, com o uso de mapas com a disposição de todas as fases e a possibilidade de livre escolha quanto aos estágios que serão visitados.
Sobre os estágios, eles ainda conservam o estilo tradicional dos games de plataforma do Mario, com progressão lateral simples e direta, em cenários repletos de obstáculos, armadilhas e desafios, nos quais o jogador deve chegar ao final para completá-los, os desafios apresentados nessas fases são bastante variados e interessantes, raramente colocando o jogador em situações repetitivas, mas ainda assim conservam aquele estilo familiar aos jogos do encanador. Entre as fases há um mapa, pelo qual o jogador pode escolher quais fases visitar, as moedas douradas estão escondidas em pequenos conjuntos de estágios espalhados pelo mapa, nos quais o jogador deverá superar todas as fases e enfrentar um mestre para obter a moeda em seu poder.
Sobre as habilidades de Mario, o encanador ainda pode correr e pular, além disso, itens como cogumelos, flores-de-fogo e estrelas estão presentes, uma adição nesse aspecto foi uma cenoura, que dá a Mario orelhas de coelho e novas habilidades, como pular mais alto que antes e poder retardar a queda com as orelhas, esse novo item é bastante útil e torna a experiência de jogo mais interessante em razão das novas habilidades por ele concedidas. A dificuldade está no ponto certo e as fases concluídas são salvas automaticamente.

Considerações finais

Super Mario Land 2: 6 Golden Coins é um grande jogo, pois consegue levar para o Game Boy uma aventura bastante original, mas ao mesmo tempo familiar, proporcionando aos jogadores desafios variados e constantes, somados a excelentes gráficos e trilha sonora; em suma, não apenas um clássico, mas um dos melhores jogos do Game Boy!

Referências

sábado, 27 de novembro de 2010

Earthworm Jim 2 (SNES)

Anelídeo anabolizado

Earthworm Jim 2 é um jogo de ação e plataforma desenvolvido pela Shiny Entertanment e publicado pela Playmates Interactive Entertainment; lançado em 1995 para Mega Drive e Super Nintendo, em 1996 para MS-DOS, Sega Saturn e PlayStation e em 2002 para Game Boy Advance, o game é a sequência direta de Earthworm Jim, mantendo o mesmo humor surreal e jogabilidade, mas com a adição de algumas novidades. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo.

História

Neste jogo, Jim e seu amigo Snotty estão em uma aventura para salvar a princesa What's-Her-Name de um casamento forçado com o nefasto Psy-Crow. Enquanto perseguia Psy-Crow, Jim acaba passando em frente das residências de verão de alguns dos vilões do primeiro game, o que aumenta os problemas do herói.

Gráficos

São excelentes; o visual deste game manteve o estilo do jogo anterior, sendo muito bem trabalhado e contribuindo para a criação de um humor surreal; os personagens são muito bem feitos e detalhados; os inimigos são bem feitos, variados e detalhados; os cenários são excelentes, incrivelmente bem feitos, diversificados e ricamente detalhados, retratando diversos ambientes e de várias formas; a animação do jogo flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no game são impecáveis, sendo bem variadas, elas ajudam a criar momentos bastante variados entre si durante o game, sendo mais empolgante em alguns momentos e melancólica em outros, a trilha sonora de Earthworm Jim 2 é ótima; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis e contribuindo para o humor do jogo.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Earthworm Jim 2, se comparada a de seu antecessor, não sofreu mudanças radicais no que se refere ao personagem e a forma de controlá-lo, mas ainda assim ganhou adições de peso, tanto no que se refere a algumas habilidades do protagonista quanto na estrutura das fases, que agora estão muito mais diversificadas.
Jim ainda pode correr, pular, atirar contra inimigos e utilizar a própria cabeça como chicote, mas agora ele ganhou um aliado, Snotty, uma meleca viva que acompanha Jim dentro de uma mochila, Snotty é capaz de ajudar o herói de diversas formas, podendo tanto se agarrar a mucosas no teto, permitindo que Jim passe por certos pontos quanto como pára-quedas, permitindo ao jogador controlar a queda de Jim. O protagonista ganhou uma boa quantidade de novas armas, bastante variadas entre si, não apenas no que tange a aparência, mas também no que diz respeito ao poder de fogo, que varia do inútil a destruição em massa, muitas dessas armas são de grande ajuda para que Jim passe pelas fases.
As fases agora estão muito mais variadas em termos de desafios apresentados e estrutura dos estágios, o protagonista não deve mais apenas passar por estágios com progressão lateral, mas também por muitos outros tipos de fases, que emprestam algumas características de games de outros gêneros; nas fases de progressão lateral, muitas das características vistas no game anterior estão presentes, como a progressão não linear e a realização de tarefas bizarras, ao mesmo tempo em que novos elementos contribuem para tornar a experiência mais diversificada; em algumas fases, o jogador deverá controlar uma criatura por um labirinto, para ao final passar por um pequeno jogo de perguntas e respostas; em outra fase, Jim deverá controlar sua motocicleta voadora por um estágio com visão do alto. A dificuldade pode ser selecionada.

Considerações finais

Earthworm Jim 2 consegue realizar a proeza de superar o game anterior, que já era ótimo em todos os aspectos, com um jogo mais insano e divertido, que apresenta gráficos e trilha sonora memoráveis, e jogabilidade riquíssima, que em momento algum é tediosa ou repetitiva; a soma de qualidades fazem de Earthworm Jim 2 um título mais que memorável, uma verdadeira obra prima!

Referências

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Thunder Force IV (MD)

O jogo

Thunder Force IV é um shoot'em up desenvolvido pela Technosoft e publicado por esta no Japão e na Europa e pela Sega nos EUA; lançado em 1992 para Mega Drive, o game é o quarto jogo da série Thunder Force e a sequência direta de Thunder Force III. Nos EUA a Sega, distribuidora do jogo naquele país, decidiu alterar o título do game para Lightening Force: Quest for the Darkstar, enquanto no Japão e na Europa o título original foi mantido.
Nota: Neste texto será adotado o título Thunder Force IV para manter a identidade do game mais próxima da série e dos jogos anteriores.

História

Os eventos apresentados neste jogo se passam logo após o final de Thunder Force III. A Federação da Galáxia acreditava ter derrotado o Império ORN, mas ainda assim continuava sofrendo ataques frequentes de forças hostis; posteriormente se descobriu que as forças eram o "Vios", um exército composto por aliados e sobreviventes do Império ORN; a Federação descobre a localização do quartel general de Vios no planeta Aceria e decide atacar, mas como o poder de Vios era maior do que o estimado, as forças da Federação são derrotadas; mais uma vez, a Federação cria uma nave pequena, mas poderosa, chamada "FIRE LEO-04 Rynex" para enfrentar essa nova ameaça. Agora a nave Rynex e seu piloto devem enfrentar as forças de Vios e restaurar a paz.

Gráficos

São excelentes; o visual do game é espetacular, estando acima daquilo visto nos jogos anteriores; a nave controlada pelo jogador é pequena, mas muito bem feita; os inimigos são impressionantes, sendo incrivelmente variados, muito bem feitos e os maiores consideravelmente detalhados; os cenários são espetaculares, pois são muito bem feitos, diversificados e ricamente detalhados; a animação do jogo flui impecavelmente.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são espetaculares, sendo incrivelmente bem feitas e empolgantes, mudando de acordo com o momento e combinando perfeitamente com a parte visual, contribuindo sobremaneira para a criação de uma experiência incrível; os efeitos sonoros são ótimos, cumprindo muito bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com ótimos controles; a jogabilidade de Thunder Force IV apresenta um estilo bastante próximo daquele visto em Thunder Force III, com fases exclusivamente em progressão lateral, nas quais o jogador deve passar por uma série de inimigos e obstáculos para chegar a um mestre e derrotá-lo para passar para o próximo estágio; embora pareça simples e até mesmo comum, a jogabilidade deste game possui características próprias muito interessantes, além de trabalhar com elementos clássicos de uma forma diferenciada.
As fases possuem algumas diferenças se comparadas àquelas vistas no game anterior, agora o jogador pode escolher a ordem das fases que serão jogadas; outra característica interessante é a extensão dos cenários, eles são maiores do que aparece na tela, o que contribui para aumentar o desafio, pois nunca o jogador verá toda a extensão da tela e tudo o que nela acontece; a progressão das fases é constante, mas nem sempre linear ou monótona, pois os desafios apresentados e os ambientes, mesmo dentro da mesma fase, são variados. Os inimigos são bastante diversificados, não apenas no que diz respeito à aparência, mas também no que tange as formas de ataque e padrões de comportamento.
A nave controlada pelo jogador possui muitas das características presentes nas naves de Thunder Force II e III, como a possibilidade de carregar até cinco armas diferentes, o controle sobre a velocidade da nave e o modo de fogo automático; em relação às armas, a nave começa com dois tipos de tiro diferentes, um que atira exclusivamente para frente e outro que divide o poder de fogo, direcionando os disparos para frente e para trás, essas armas podem ser aperfeiçoadas com a obtenção de power-ups espalhados pelas fases, também é possível obter novas armas e outros itens através de itens. Referente ao controle de velocidade da nave, ele é bastante útil, pois em muito momentos o jogador deverá movimentar-se com mais cautela ou desviar de naves e projéteis inimigos em alta velocidade e a possibilidade de ajuste permite que o jogador adeque a nave às necessidades do momento. A dificuldade é alta, mas ainda assim o jogo se revela bastante atrativo.

Considerações finais [1]

Thunder Force IV representa o ápice da série na geração 16bits, com um game que atinge a excelência em todos os aspectos com maestria, presenteando os jogadores com gráficos espetaculares, trilha sonora marcante e jogabilidade refinada, a soma de todas essas virtudes resultam em um game que pode ser classificado como um dos melhores shoot'em ups do Mega Drive e de sua época!

Considerações finais [2]

Fazendo um balanço da passagem da série Thunder Force pelo Mega Drive, é visível a evolução dos games da franquia ao longo dos anos, os jogos foram ganhando cada vez mais qualidade com o tempo, melhorando em todos os aspectos e proporcionando aos jogadores experiências cada vez mais satisfatórias; a série pode ser chamada merecidamente de clássica e classificada de forma incontestável como uma das melhores em seu gênero naquela época!

Referências

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Antarctic Adventure (MSX)

Brincando no gelo

Antarctic Adventure é um jogo de corrida desenvolvido e publicado pela Konami; lançado em 1984 para MSX, NES e ColecoVision, o game é um jogo de corrida protagonizado por um pinguim e que não consiste em disputa com outros corredores e tampouco envolve veículos motorizados. A versão avaliada neste texto é a lançada para MSX.

História (?)

Não há um enredo de fato. O jogador controla um pinguim que deve viajar entre as bases de diversos países espalhadas pela Antártica.

Gráficos

São ótimos para os padrões da época; o game possui um visual muito bonito, com personagens, cenários e objetos bem definidos; o personagem principal é simples, mas muito bem feito; os cenários, apesar de serem todos em um ambiente polar, apresentam algumas variações, como a presença da costa e a mudança do período do dia, evidenciada pela alteração da cor do céu; os objetos presentes no cenário são bem feitos; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes no jogo são muito boas, sendo bastante cativantes, combinando bem com o estilo do game e ajudando a melhorar a experiência como um todo; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Antarctic Adventure é bastante simples e direta, colocando o jogador no controle de um pinguim que deve dar a volta na Antártica, passando por estações de pesquisa de vários países pelo caminho no menor tempo possível; esse conjunto de características tornam o game simples, mas incrivelmente divertido,
A premissa básica do jogo, como dito anteriormente, é dar a volta na Antártica, viajando entre estações de pesquisa no menor tempo possível; por mais que pareça simples, os produtores do game conseguiram transformar essa tarefa em algo realmente interessante, pois as corridas não são contra outros competidores, mas sim contra o tempo, em percursos que apresentam desafios variados e que não se restringem ao desenho do trajeto, como pequenos buracos, que são capazes de deter o personagem por alguns segundos, leões marinhos, que podem surgir de buracos no gelo e deter o jogador por um breve momento, buracos maiores, nos quais o protagonista pode cair e perder um precioso tempo na saída, dentre outros; em contrapartida o pinguim pode pular e mudar sua velocidade para escapar das armadilhas presentes no cenário. A dificuldade é progressiva e não há meios de salvar o progresso do jogador.

Considerações finais

Antarctic Adventure é um jogo simples, mas muito interessante, pois sua jogabilidade simples, direta e muito bem elaborada mantém o game divertido até os dias de hoje, mais de vinte anos após de seu lançamento; em razão do conjunto de virtudes este game torna-se sem dúvida, memorável!

Referências

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

River City Ransom (NES)

Pancadaria na cidade

River City Ransom é um beat'em up desenvolvido pela Technos Japan e publicado por esta no Japão e pela American Technos na América do Norte; lançado em 1989 no Japão e em 1990 nos EUA para NES, o game apresenta ao mesmo tempo vários elementos característicos de beat'em ups e outros bastante incomuns dentro do gênero. O game também foi lançado para o computador Sharp X68000 em 1990, para o PC Engine em 1993, para o Game Boy Advance em 2004 e para o Virtual Console em 2007 no Japão e em 2008 nos EUA e Europa.

História

O malvado Slick sequestrou Cyndi, a namorada de Ryan e dominou o colégio. Agora Ryan e seu amigo Alex devem cruzar River City e enfrentar impiedosas gangues de estudantes para chegar até o vilão, resgatar a garota e libertar o colégio do jugo imposto por Slick.

Gráficos

São excelentes para os padrões do NES; o visual geral do game é ótimo, sendo bastante colorido e contando com um estilo bem humorado que continua bonito até os dias de hoje; os personagens são bem feitos, embora eles não sejam muito diferentes entre si; os inimigos também são bem feitos, mas também não são muito variados; os cenários são ótimos, muito bem feitos, variados e ricamente detalhados; os transeuntes e pessoas das lojas são bem feitos, porém não muito diversificados; na parte inferior da tela há um espaço onde constantemente aparecem falas e diálogos, tanto de personagens quanto de inimigos, essa característica ajuda tanto a contar a história quanto a criar o estilo humorístico do game; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Excelente; as músicas presentes no jogo são muito boas, sendo ao mesmo tempo bastante empolgantes e animadas, combinando perfeitamente com a ação e o estilo bem humorado dos gráficos; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com controles simples e precisos; como dito anteriormente, River City Ransom combina elementos típicos de beat'em ups com características pouco comuns ao gênero, criando assim uma experiência bastante interessante e diferente daquilo que existia em sua época.
Quanto às características clássicas de beat'em ups, o personagem controlado pelo jogador pode atacar os inimigos primeiramente com socos e chutes, podendo encontrar pelos cenários ou tomar dos inimigos armas de vários tipos, como canos, tacos de baseball, correntes, soco inglês, caixas e pneus, podendo ainda arremessar inimigos uns contra os outros; a variedade de formas de ataque disponíveis, somada ao dinamismo dos combates e outras características tornam as lutas incrivelmente interessantes e divertidas.
Em relação às características pouco comuns ao gênero presentes neste game estão: a profundidade e a forma com que a história é contada, que aqui está muito mais próxima da narrativa de um RPG, algo que ajuda a dar mais profundidade ao game; dentro do game o jogador pode percorrer áreas onde há lojas, nas quais é possível comprar comida para repor energia e melhorar os atributos do protagonista, comprar itens para carregar consigo e também livros ensinando novos golpes, esses novos golpes adquiridos por meio desses livros são parte das "outras características" citadas anteriormente; também é possível percorrer diversas áreas da cidade, pois em muitos pontos dos cenários há entradas para outras localidades.
Acerca das lutas, como já foi dito, elas são bastante dinâmicas, proporcionando um ótimo desafio, colocando o jogador contra numerosas gangues; o game pode ser jogado por duas pessoas em modo cooperativo, a dificuldade é progressiva e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais


River City Ransom é um excelente jogo, pois consegue unir em um único game características de gênero tão diferentes entre si, apresentando um game que é, ao mesmo tempo impressionante e incrivelmente divertido, diversão essa que não seria possível em um bear'em up mais tradicional; em suma, a soma de virtudes faz de River City Ransom não apenas um título fortemente recomendado, mas também um clássico!

Referências


MobyGames http://www.mobygames.com/game/nes/river-city-ransom[
Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/River_City_Ransom

domingo, 21 de novembro de 2010

The Lost Vikings (SNES)

Vikings longe de casa

The Lost Vikings é um jogo de plataforma desenvolvido pela Silicon & Synapse (atual Blizzard) e publicado pela Interplay; lançado em 1992 para o Computador Amiga, MS-DOS, Mega Drive e Super Nintendo, o game trazia um grupo de três personagens que deveria ser guiado pelo jogador. O jogo recebeu posteriormente versões para o Amiga CD32 em 1994 e para o Game Boy Advance em 2003. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo.

História

Erik, Baleog e Olaf são três vikings que vivem em um vilarejo com suas respectivas famílias, até que um dia eles são abduzidos por uma estranha nave espacial, comandada por Tomator, líder do império alienígena Croutonian, que está viajando pela galáxia em busca das mais variadas formas de vida para construir um zoológico intergaláctico. Agora os três vikings deverão trabalhar em equipe para conseguir escapar de Tomator e voltar para casa.

Gráficos

São muito bons; o visual geral do game é muito bom; os personagens são bem feitos, coloridos e detalhados, cada um com seu estilo próprio; os inimigos são bem feitos, sendo criativos e variados; os cenários são muito bons, representando bem o ambiente de uma nave espacial; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Muito bom; as músicas presentes no jogo são boas, combinando bem com o estilo do game e contribuindo para melhorar a experiência como um todo; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, com bons controles; a jogabilidade de The Lost Vikings é bastante característica e foge daquilo que é visto em muitos jogos de plataforma da mesma época, apresentando uma mecânica de jogo que foge do convencional, exigindo dos jogadores mais do que apenas destreza nos controles.
A mecânica de jogo de The Lost Vikings tem como fundamento o trabalho em equipe dos três protagonistas, pois cada um deles possui habilidades diferentes, e sozinhos não são capazes de chegar até o final das fases; Baleog pode atacar inimigos com sua espada e atirar flechas contra os mesmos, podendo também utilizar as flechas para acionar botões e alavancas à distância; Erik pode correr mais rápido que seus colegas, pular e destruir paredes e inimigos com seu capacete; Olaf possui um escudo e com ele é capaz de proteger seus companheiros, com o escudo ele também pode planar e servir de plataforma para que Baleog alcance lugares mais altos; a soma das habilidades dos personagens permite que eles superem todos os desafios apresentados ao longo do game, dependendo também da inteligência do jogador no controle dos vikings. Os personagens possuem três marcadores que simbolizam a energia dos mesmos, contudo, algumas armadilhas podem matar os personagens instantaneamente; os protagonistas podem também carregar itens, que possuem utilidades variadas, desde recuperar energia até abrir caminho pelos cenários, cada personagem pode carregar até quatro itens e trocar uns com os outros.
As fases apresentam desafios variados e uma complexidade que ajuda a aumentar o desafio, fazendo o jogador pensar na melhor forma de movimentar o grupo para que todos cheguem até o final, pois se um deles morrer pelo caminho, o jogador será obrigado a passar novamente pela mesma fase. O game pode ser jogado por dois jogadores, a dificuldade é progressiva e o progresso do jogador pode ser salvo através de passwords.

Considerações finais

The Lost Vikings é um jogo muito interessante e ao mesmo tempo divertido, pois ao fazer uso de uma mecânica que foge do convencional, o game adquire um estilo bastante interessante e proporciona uma experiência de jogo incrivelmente divertida e desafiadora; a soma das qualidades de The Lost Vikings faz do jogo um game memorável e que realmente vale a pena!

Referências

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Herzog Zwei (MD)

O jogo

Herzog Zwei é um jogo de estratégia em tempo real desenvolvido e publicado pela Technosoft; lançado em 1989 no Japão e em 1990 nos EUA para Mega Drive, o game é um dos primeiros jogos de estratégia não apenas do console, sendo o predecessor de outros games que popularizaram o gênero. Herzog Zwei é a sequência de Herzog, lançado em 1988 para MSX.

Gráficos

São bons; o visual geral do game é muito bom e a visão do alto é bem utilizada; os veículos e soldados presentes no campo de batalha são simples, mas bem feitos; os cenários são muito bons, bastante variados e alguns deles possuem algum detalhamento, retratando diversos ambientes, como cidades, florestas, campos cobertos de neve, dentre outros; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Bom; as músicas presentes no jogo são boas, combinando bem com o estilo do game, mas em alguns momentos elas podem ser um pouco incômodas; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Excelente, os controles podem parecer um pouco estranhos em um primeiro momento, mas uma vez que o jogador se acostuma com eles as coisas ficam mais fáceis; a jogabilidade de Herzog Zwei possui muitos dos elementos presentes em outros jogos de estratégia em tempo real, como a construção e movimentação de soldados e veículos e os combates com tropas inimigas.
A interface de controle parece estranha em um primeiro momento, mas uma vez que o jogador descobre como funciona, o jogo se revela bastante simples e interessante. O jogador começa com uma aeronave principal, que é o único veículo controlado livremente pelo jogador, tendo como funções gerenciar a criação de unidades de combate, transportar tropas para os locais desejados e servir como veículo de batalha, pois a nave possui meios de atacar os inimigos, sem falar que ela pode se transformar em um robô, gigante se comparado a outros veículos, que pode destruir soldados e veículos inimigos; essa aeronave, se destruída, ressurge após algum tempo na base principal do jogador.
O objetivo de ambos os lados no conflito é conquistar todas as bases do cenário, podendo para isso fazer uso de soldados e variados veículos militares; sobre o controle das tropas, o jogador não pode controlá-las livremente, mas pode definir comandos básicos, que determinarão a forma como a unidade se comportará no campo de batalha; acerca das bases que devem ser conquistadas, elas são tomadas somente quando soldados de um exército a ocupam, cada base conquistada passa a ser um importante ponto estratégico, pois nelas é possível recarregar a energia da nave principal, que se destrói e retorna à base principal quando a energia acaba. O jogo pode ser jogado tanto por um jogador contra o computador quanto por dois jogadores um contra o outro; a inteligência artificial do game não é das melhores, mas ainda assim não pode ser subestimada.

Considerações finais

Herzog Zwei não é apenas um jogo muito bom, mas também muito interessante, pois consegue não apenas reunir muitos dos elementos presentes em jogos de estratégia em tempo real, como também representar muito bem em um console doméstico um gênero mais presente em computadores, apresentando um jogabilidade envolvente, somada a bons gráficos e sons; o interessante conjunto de qualidades que Herzog Zwei revela ser faz deste um game mais que recomendado!

Referências

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Road Rash 64 (N64)

Violência sobre duas rodas

Road Rash 64 e um jogo de corrida desenvolvido pela Pacific Coast Power and Light e publicado pela THQ; lançado em 1999 para Nintendo 64, o game é o primeiro jogo da série lançado para um console da Nintendo, além disso, ele é notório por não ter sido desenvolvido e tampouco publicado pela Electronic Arts, responsável por muitos dos outros jogos da série. Este game segue a premissa básica da franquia, apresentando corridas ilegais de motos, nas quais os pilotos podem agredir uns aos outros.

Gráficos

São bons; os produtores do game decidiram seguir um estilo de design próximo daquele visto em F-Zero X, com objetos simples, com o uso de texturas de baixa resolução e poucos efeitos, para poder gerar muitas motocicletas ao mesmo tempo na tela e em alta velocidade; as motos, como dito anteriormente, são simples, mas bem feitas; os cenários já são mais caprichados, possuindo texturas mais elaboradas e alguns detalhes; a sensação de velocidade proporcionada pelo jogo é muito boa, sem slowdowns, algo que demonstra como a decisão de privilegiar a possibilidade de haver uma maior quantidade de motos na tela, apesar do sacrifício do detalhamento dos veículos foi correta.
Imagens do jogo


Som


Muito bom; a trilha sonora do jogo é muito boa, composta de músicas empolgantes, ela combina tanto com as corridas quanto com as brigas entre os pilotos, criando uma atmosfera muito boa e que não foge do visto em outros jogos da série; os efeitos sonoros são bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade


Muito boa, com bons controles; a jogabilidade de Road Rash 64 está dentro do estilo da série, apresentando corridas ilegais pelas estradas, nas quais o jogador deve não apenas chegar em primeiro, mas também espancar os adversários; embora faça uso de uma fórmula já conhecida, o game não pode ser considerado previsível.
As corridas, como dito anteriormente, seguem o já conhecido estilo da série, com disputas ilegais por estradas, nas quais chegar em primeiro não é o bastante, sendo também necessário agredir os outros pilotos, preferencialmente até tirá-los de circulação; com essa premissa o jogo se desenvolve muito bem, apresentando corridas bastante disputadas, nas quais os pilotos podem e devem fazer uso de todos os meios disponíveis para eliminar os adversários; no que diz respeito às agressões, é possível atacar os adversários com socos, chutes, chaves de roda, pedaços de pau, tacos de baseball e cassetetes, sendo possível roubar essas armas dos outros pilotos. Uma presença hostil, mas ainda assim bem-vinda, é a da polícia, pois os homens e mulheres da lei farão de tudo para deter os corredores, mas em contrapartida, é perfeitamente possível atacar e derrubar os policiais de suas motos, sendo tal feito recompensado pelo game.
Outro aspecto do sistema de jogo é a forma como se dá a progressão do jogador, que deve vencer primeiramente uma série de corridas para ganhar dinheiro e poder comprar outra moto, que por sua vez permite ao jogador disputar outras séries de corridas, mais rápidas e violentas que as anteriores. O sistema recompensa o jogador conforme seu desempenho, dando recompensas em dinheiro para feitos como agredir outros pilotos, atropelar pedestres e até mesmo derrubar policiais. A dificuldade cresce conforme o jogador avança e seu progresso pelo game pode ser salvo.

Considerações finais


Road Rash 64 é um game muito interessante e divertido, pois embora possua visual e trilha sonora básicos, o game proporciona uma experiência muito divertida e agradável; em suma, um título memorável!

Referências


MobyGames http://www.mobygames.com/game/road-rash-64
Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Road_Rash

domingo, 14 de novembro de 2010

Bubble Bobble (NES)

Bolhas e dinossauros coloridos

Bubble Bobble é um jogo de plataforma desenvolvido e publicado pela Taito; lançado originalmente para Arcade em 1986, o game recebeu nos anos seguintes versões para o Computador Amiga, Amstrad CPC, Apple II, Atari ST, Commodore 64, MS-DOS, Game Boy, Game Gear, Game Boy Color, MSX, NES, Master System e ZX Spectrum. O jogo em si é um game de plataforma com cenário estático, mas que muda conforme o desempenho do jogador. A versão avaliada neste texto é a lançada para NES em 1988.

História

Bubble Bobble conta a história de dois humanos, Bub e Bob, que ao vagar por uma misteriosa caverna acabam sendo transformados em dinossauros. Agora, para voltarem ao normal, eles devem chegar ao fim da caverna.

Gráficos

São ótimos para os padrões do NES; o visual do game é bastante colorido e cativante; os personagens são pequenos, mas bem feitos e coloridos; os inimigos, assim como os personagens, são pequenos e bem feitos, possuindo uma boa variedade; os cenários são muito bons, sendo diversificados e alguns deles possuem estilos muito interessantes; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; a trilha sonora do jogo é muito boa, com músicas bastante cativantes, a música que toca nas fases, apesar de ser sempre a mesma, não é enjoativa e muda de ritmo conforme o desempenho do jogador; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com controles simples e precisos; a jogabilidade de Bubble Bobble é típica de um jogo de Arcade, simples, direta e sem muito aprofundamento em certos aspectos, contudo, isso não diminui o jogo em nenhum aspecto, apresentando uma jogabilidade bastante agradável dentro de sua proposta.
As fases possuem uma estrutura muito simples, mas interessante, elas contam com apenas uma tela, devendo o personagem controlado pelo jogador derrotar todos os inimigos ali presentes, essa tarefa pode parecer simples, mas em alguns momentos ela se revela mais complexa do que realmente aparenta, pois os inimigos, em razão de sua variedade, possuem padrões de movimentação diferentes entre si, além disso, quando sobra  apenas um inimigo na tela, ele se torna mais agressivo, passando a se movimentar mais rápido. Para eliminar os inimigos, o personagem pode disparar bolhas pela boca, essas bolhas aprisionam os inimigos e permitem que o personagem os transformem em itens que rendem pontos.
O game é constituído de uma extensa sucessão de fases, as quais o jogador deve superar; o jogo possui um modo cooperativo para duas pessoas. O progresso do jogador pode ser salvo através de passwords, uma adição muito bem vinda em virtude da extensão do jogo.

Considerações finais

Bubble Bobble é um jogo cativante e muito divertido, pois sua jogabilidade simples, mas envolvente, se revela bastante desafiadora e divertida, além disso, o game conta com gráficos muito bons e trilha sonora de igual qualidade; a soma dessas virtudes faz desse jogo um clássico!

Referências

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Joe & Mac (SNES)

Uma aventura pré-histórica

Joe & Mac é um jogo de ação e plataforma desenvolvido e publicado pela Data East; lançado em 1991 para Arcade, Mega Drive, NES, Game Boy, PC, Computador Amiga e Super Nintendo, o game em si é um jogo de plataforma bastante tradicional, com estilo próximo de outros jogos do mesmo gênero lançados na mesma época, mas com uma temática pré-histórica. A versão avaliada neste texto é a lançada para Super Nintendo.

História

Homens de uma tribo rival a de Joe e Mac invadem a aldeia destes e sequestram todas as mulheres da tribo. Agora os heróis devem enfrentar toda espécie de perigos existentes em seu mundo para resgatar as donzelas.

Gráficos

São ótimos; o visual geral do game é muito bom, a temática pré-histórica é muito bem utilizada, com um visual bastante vivo e colorido; os personagens são muito bem feitos, possuem um bom tamanho e são detalhados; os inimigos são muito bem feitos, sendo bastante variados e os maiores contam com uma boa quantidade de detalhes; os cenários são ótimos, muito bem feitos, diversificados e detalhados, retratando diversos ambientes, como florestas, cavernas e vulcões; a animação do jogo flui bem.
Imagens do jogo

Som

Ótimo; as músicas presentes no jogo são muito boas, sendo bastante animadas e empolgantes, combinando bem com a atmosfera do game; os efeitos sonoros são muito bons, cumprindo bem seus papéis.

Jogabilidade

Ótima, com bons controles; como dito anteriormente, a jogabilidade de Joe & Mac tem um estilo próximo ao de outros jogos de plataforma lançados na mesma época, entretanto, não é apenas mais um jogo de plataforma genérico, apresentando algumas características próprias muito interessantes.
O personagem controlado pelo jogador possui alguns movimentos não muito comuns em jogos de plataforma, mas que se revelam muito úteis ao longo do game, como o salto especial para alcançar locais mais altos e a cambalhota, que ajuda o personagem a passar por locais mais baixos; além desses movimentos, há também as formas de ataque, que começam com golpes simples de clava, mas conforme o jogador avança e recolhe alguns itens, o poder ofensivo do personagem aumenta, tornando-o capaz de arremessar contra os inimigos coisas como ossos, bumerangues e bolas de fogo, esses tipos de projéteis podem ser carregados ao mesmo tempo, mas o jogador pode utilizar apenas um por vez, podendo trocar de munição sempre que achar necessário.
Os cenários são, em sua maioria, bastante lineares, com o jogador devendo ir de um ponto ao outro, passando por uma série de inimigos e obstáculos, para ao final enfrentar um mestre, apesar de parecer simples, essa fórmula se mostra muito interessante, pois os inimigos e obstáculos são apresentados de formas variadas dentro do jogo, o que garante a diversão. A dificuldade pode ser selecionada e o game pode ser jogado por duas pessoas em modo cooperativo.

Considerações finais

Joe & Mac é um ótimo jogo, pois consegue reunir bons gráficos, boa trilha sonora e uma jogabilidade que é, ao mesmo tempo, simples, agradável e divertida; essa combinação se revela cativante e faz desse um título que vale a pena!

Referências